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Acessibilidade em saúde marca a campanha “Novembro Azul Inclusivo” da Univasf

publicado: 22/11/2017 14h56 última modificação: 23/11/2017 15h55
João Pedro Ramalho

“Porque todo homem com deficiência tem direito à informação acessível, prevenção e saúde”. É o que afirmam os quatro protagonistas da campanha “Novembro Azul Inclusivo”, promovida pelo Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (NPSI) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com a TV Caatinga. A campanha busca conscientizar sobre a importância da acessibilidade na saúde e é composta por cinco vídeos, veiculados na página oficial da Univasf no Facebook. O primeiro foi exibido na última segunda-feira (20) e, desde então, uma nova peça é divulgada diariamente até a próxima sexta-feira (24).

Protagonizam a campanha Flavenilson Macedo, que já foi presidente da Associação de Surdos de Petrolina (PE); Hélio Araújo, usuário de cadeira de rodas e professor da rede municipal do mesmo município e José Dias, que tem deficiência intelectual e é aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Além destes, participou da iniciativa o servidor da Univasf Milton Carvalho, que é cego e trabalha como revisor de textos em Braille no NPSI.

De acordo com Carvalho, o “Novembro Azul Inclusivo” surgiu após a observação de que as políticas de saúde, desde as campanhas de prevenção até o próprio atendimento, não são acessíveis às pessoas com deficiência. “Muitas vezes um usuário de cadeiras vai até o consultório médico e ele funciona em um cubículo. As campanhas em redes sociais, por exemplo, são através de cartazes com imagem, enquanto na televisão são em vídeo, o que impossibilita o acesso às pessoas cegas e surdas”, conta o servidor da Univasf.

Carvalho ainda explica que a escolha pelo protagonismo dos homens com deficiência, em vez de especialistas em saúde, foi para dar a oportunidade de fala a esses indivíduos. “A campanha tem o objetivo de mostrar à sociedade e aos profissionais que quem tem deficiência também é paciente e tem direito à saúde. É para dizer: ‘Eu estou aqui, preciso de informação e preciso ser respeitado enquanto pessoa’”, afirma Carvalho.

A ideia de realização da campanha surgiu no mês passado, logo após a idealização do “Outubro Rosa Inclusivo”. Esta foi uma ação semelhante promovida pelo NPSI, que tratou da acessibilidade à informação e à saúde para as mulheres com deficiência e também foi veiculada na página oficial da Univasf.

De acordo com a coordenadora do NPSI, Karla Daniele Maciel, as duas iniciativas são importantes para demonstrar o cuidado despendido pela Univasf com a inclusão das pessoas com deficiência. “Elas marcam o quanto a Universidade está tornando mais preocupada, se empenhando para que as nossas ações e as ações da sociedade sejam acessíveis”, declara Karla.

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