Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Evento do Espaço Arte, Ciência e Cultura (EACC) da Univasf aborda desigualdade de forma lúdica e interativa

Notícias

Evento do Espaço Arte, Ciência e Cultura (EACC) da Univasf aborda desigualdade de forma lúdica e interativa

“Construindo a equidade: a ciência na desigualdade” acontece até amanhã (14) no Centro de Cultura João Gilberto

publicado: 13/03/2019 14h34 última modificação: 13/03/2019 14h34
Mônica Santos
Exibir carrossel de imagens Fotos: Mônica Santos A feira é voltada para estudantes do ensino médio de escolas da região.

A feira é voltada para estudantes do ensino médio de escolas da região.

O que é desigualdade? Como identificá-la? É possível revertê-la? O combate à desigualdade de gênero, étnico-racial, social, disputas de terra, entre outros tipos, está sendo tratado de forma lúdica e interativa no evento “Construindo a equidade: a ciência na desigualdade”, que começou ontem (12). A feira é promovida pelo Espaço Arte, Ciência e Cultura (EACC), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações (MCTIC). Ela acontece no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA), até amanhã (14) e é voltada para estudantes do ensino médio de escolas da região.

A visita começa com uma exposição sobre as ciências sociais, seguida de um bate-papo sobre o tema. Em seguida, os estudantes se dividem em grupos e podem visitar as sete instalações montadas. Cada instalação traz dados, matérias e atividades relacionadas a algum tipo de desigualdade. Há, por exemplo, a pirâmide de Maslow, que trata da hierarquia das necessidades, as desigualdades que impedem que elas sejam alcançadas e a importância de políticas públicas para a conquista dessas necessidades; um jogo de cartas sobre mulheres cientistas que fizeram história e também dados sobre mulheres nas diversas áreas da ciência.

Há também um jogo da velha privilegiada em que também ficam expostas matérias de jornais sobre casos de feminicídios, disputas de terra, intolerância religiosa e LGBTfobia; a banca imobiliária das desigualdades, um jogo de tabuleiro parecido com o banco imobiliário, mas inserindo questões de desigualdade da região; o jogo escadas das desigualdades, em que subir os degraus fica mais difícil a depender dos empecilhos sociais que são inseridos e comparativos de casos de homicídio no Brasil, com dados de assassinatos de mulheres, negros e gays através de gráficos e índices táteis e coloridos.

Além das visitas às instalações, acontecerá, amanhã (14), uma mesa redonda com o tema “Ciência e Tecnologia para Redução das Desigualdades”, que contará com a presença de Paula Galrão, professora do Colegiado de Ciências Sociais; Ivani Brys, professora do Colegiado de Psicologia; e Rafaela Falaschi, representante do Programa Mulheres na Ciência, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

De acordo com Elaine Ferreira, gerente educacional do EACC, o que norteou a preparação para o evento desde a concepção do tema até a escolha e montagem das instalações foi o questionamento: Como falar sobre desigualdade sem ser monótono? “O evento é importante por dois motivos: o primeiro é falar de um tema tão relevante para os jovens, para que eles aprendam, desde cedo, a reconhecer se estão em situações de desigualdade e como podem reivindicar direitos e mudar o ambiente em que estão inseridos. O segundo é porque pretendemos tornar essas instalações fixas no EACC, apresentando-as para nossos visitantes durante todo o ano, pois sabemos que é um tema de extrema relevância”, afirmou.

Josué de Brito é professor e Elizangela Nunes, estudante, ambos da Escola Estadual Antonilio da França Cardoso, em Juazeiro. Segundo o professor, tratar dessas questões faz com que os jovens tenham acesso a uma leitura crítica do mundo, pois muitos já sentem a desigualdade em suas próprias vidas, mas acham aquilo normal. “Eventos como esse preparam melhor os estudantes, pois eles podem conhecer seus direitos e deveres e assim podem se colocar na sociedade de uma forma positiva”, disse. Já Elizangela gostou porque conseguiu entender que desigualdade é uma diferença que precisa ser combatida. “Eu aprendi com os jogos que para conseguir o que eu quero, vou passar por dificuldades, e que é preciso lutar para mudar essa realidade”, contou.

registrado em: ,