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Exposição “Diversidades” acontece a partir de hoje no prédio da Reitoria da Univasf

publicado: 20/10/2017 14h46 última modificação: 20/10/2017 14h46
João Pedro Ramalho
Exibir carrossel de imagens Juciane Aleixo Sequência de quadrinhos em branco podem ser preenchidos e modificados pelo público.

Sequência de quadrinhos em branco podem ser preenchidos e modificados pelo público.

Diferentes obras de arte, feitas por diversos autores através de técnicas variadas, como xilogravura, gravura em metal e vídeo, e voltadas para um público misto, com uma proposta de inclusão e acessibilidade. Assim é a exposição “Diversidades”, que é realizada hoje (20) no hall do 2º andar da Reitoria da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), localizado no Campus Sede, em Petrolina (PE). A visitação é gratuita e está aberta para toda a comunidade até as 18h de hoje. Já a partir da próxima segunda-feira (23), as obras estarão expostas no hall do 1º andar da Reitoria, das 8h às 18h, voltadas para o público interno da Universidade.

A exposição é resultado do projeto de extensão “Fazendo Artes na Univasf” e tem a autoria de estudantes do 7º período do curso de Artes Visuais, bem como de pessoas que participaram de oficinas promovidas pelo projeto entre agosto e setembro. A mostra também tem relação com a disciplina “Práticas de Ensino em Artes Visuais III”, coordenada, juntamente com o projeto de extensão, pela professora Inês Regina Argôlo.

Hoje, durante a visitação, os discentes atuarão como mediadores e apresentarão ao público as mais de 40 obras expostas. Estas vão desde uma instalação de espelhos a esculturas em cerâmica e madeira; de uma sequência de quadrinhos em branco que podem ser preenchidos e modificados pelo público a bordados e gravuras em relevo. As obras foram produzidas em diferentes contextos: tanto na disciplina e nas oficinas do projeto, que foram ministradas pelos estudantes do curso, quanto em momentos externos às atividades acadêmicas.

De acordo com a professora Inês Regina, o conceito de diversidade da exposição se reflete em vários aspectos, como o público, que pode ser de diferentes idades, gêneros, ter ou não deficiência, entre outras características. “Os artistas são de uma diversidade imensa de faixas etárias, nascidos em diversos estados, com experiências variadas. As obras também possuem temáticas que perpassam por diversas questões, como o meio ambiente, as raízes culturais, gênero ou falta dele, abandono, feminilidade, questões existenciais, dentre outras”, afirma.

A “Diversidades” também busca seguir as diretrizes da Lei Nº 13.146/2015, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão, que estabelece que eventos de natureza científico-cultural devem oferecer recursos de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência. Assim, devido a uma parceria com o Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (NPSI) da Univasf, a exposição conta, hoje, com a presença de dois intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Já o público cego pode ter acesso a materiais complementares, como reproduções táteis e descrições orais. A exposição também é aberta para pessoas com deficiência física e outras deficiências, como Síndrome de Down.

A professora Inês Regina explica que a ideia de propor o projeto de extensão e, em seguida, a exposição partiu do desejo de que os estudantes experimentassem situações do ensino não formal, normalmente não vivenciadas na região. “Às vezes o aluno encontra no estágio uma realidade linda, fácil, com tudo pronto. Eles iam para as escolas, com professores que faziam meio caminho andado, e sem alunos de inclusão. Aqui, por outro lado, eles têm esse espaço de laboratório na Univasf, em educação não formal, e são obrigados a passar por situações muito desafiadoras”, comenta.

Áquila Braga é estudante da disciplina “Práticas de Ensino em Artes Visuais III” e autor da obra “Em processo de criação”, exposta na “Diversidades”, que permite a interação do público com a linguagem dos quadrinhos. Durante as oficinas do projeto de extensão, ele ministrou a oficina sobre essa linguagem, em parceria com um colega de curso. Para ele, a experiência vivida em todas essas atividades e o contato com outras pessoas e obras ampliou suas perspectivas de atuação na área. “Isso me fez dar uma chance para o ensino não formal. E eu, que sempre gostei muito de quadrinhos, vejo que você não precisa focar exatamente em uma coisa, mas pode ver outras possibilidades para complementar aquilo que gosta”, afirma o discente.