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Nema da Univasf fomenta a produção de mudas de árvores nativas da Caatinga

publicado: 10/12/2019 14h15 última modificação: 10/12/2019 14h15
Karen Lima

Incentivar a produção e oferta de mudas de árvores nativas da Caatinga é uma das ações realizadas pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O trabalho ocorre por meio de doação de sementes a viveiros parceiros, que distribuem mudas e recuperam áreas degradadas, realizam atividades de extensão e promovem a educação ambiental. Desde 2015, foram doados mais de 380 quilos de sementes a viveiristas de diversos estados do país.

As sementes são doadas por meio da Rede de Sementes do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), uma iniciativa do Nema, que é fomentado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O objetivo é incentivar a produção de mudas nativas em municípios de influência do empreendimento. No total, já foram doadas sementes a 140 viveiristas, sendo 70% de estados influenciados pelo Pisf, como Pernambuco, Ceará e Paraíba.

O incentivo às atividades de extensão é realizado através de projetos como o “Viveiro Florestal”, do campus Ouricuri do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). “Nós coletamos sementes, mas a quantidade não é suficiente, então o Nema ajuda bastante o projeto, em que um dos objetivos é dar oportunidade de aprendizado prático aos alunos do nosso curso técnico em Agropecuária”, ressalta o professor e coordenador do projeto, Évio Galindo.

Com as sementes doadas à Organização Não-Governamental (ONG) Patrulha Ambiental, em Araripina (PE), são produzidas mudas que auxiliam em ações de educação ambiental. “Nós doamos as mudas quando ministramos palestras em instituições em diversos estados com o objetivo de trabalharmos a consciência das pessoas em relação à valorização e preservação da Caatinga”, explica Marquel Pereira, presidente da ONG.

São realizadas doações de sementes para viveiros municipais como o Viveiro Municipal de Mudas do Crato (CE), que produz mais de 100 mil mudas por ano. “Nossa maior dificuldade é com a coleta de sementes, então a parceria com o Nema é muito importante para produzir nossas mudas, que são distribuídas para ações de reflorestamento de áreas degradadas e arborização da cidade”, afirma o responsável técnico do viveiro, Luiz Bacurau.

De acordo com a pesquisadora do Nema e responsável pela Rede de Sementes, Edjane Damasceno, há uma necessidade urgente de educação ambiental e recuperação de áreas degradadas na Caatinga. “Ao levar sementes e trocar conhecimentos com esses viveiristas estamos contribuindo para melhoria do cenário ambiental na região do Pisf e por consequência na Caatinga como um todo, mesmo de forma indireta. Afinal, as mudas plantadas não trarão benefícios apenas locais, mas poderão influenciar regionalmente”, explica a pesquisadora.

As doações são realizadas por meio de cadastramento e solicitação no site da Rede. Entre as espécies mais procuradas estão Amburana cearensis (umburana-de-cheiro), Myracrodruon urundeuva (aroeira) e Ziziphus joazeiro (juazeiro), devido à arquitetura da copa, funcionalidade ecossistêmica, beleza cênica e utilidades medicinais. Atualmente, aproximadamente 30 espécies estão disponíveis no banco de sementes, como a Cenostigma pyramidale (catingueira), Mimosa tenuiflora (jurema-preta) e Anadenanthera colubrina (angico).

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