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Papel das parteiras será discutido em sessão dialogada no Campus Paulo Afonso

publicado: 16/08/2017 09h22 última modificação: 16/08/2017 09h22
Mônica Santos

Com o intuito de aproximar e sensibilizar a academia das práticas populares e dos saberes tradicionais, acontecerá amanhã (17) a sessão dialogada: ‘Que fazem as parteiras?’. O evento, promovido pela Liga Acadêmica de Produção de Cuidados e Sensibilidades (Lapcs) do Colegiado de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Campus Paulo Afonso, será realizado das 8h30 às 11h; no auditório I. A participação é gratuita e aberta ao público. Não é preciso fazer inscrições prévias.

No evento, haverá a exibição do curta-metragem 'Mensageiras da Luz – parteiras da Amazônia', do diretor Evaldo Mocarzel, e a discussão sobre o tema, mediado pelo coordenador da Lapcs, professor Marlon Gomes. O filme conta a história das parteiras tradicionais do estado do Amapá, que atravessam grandes distâncias entre comunidades espalhadas pela selva amazônica e que utilizam técnicas indígenas milenares.

A sessão dialogada dá sequência à discussão sobre vida e cuidados, que a Lapcs vem promovendo desde abril, quando realizou o Círculo de Cultura que discutiu a maternagem. Depois da sessão dialogada, haverá ainda a visita, que acontecerá dia 23 de setembro, ao povoado de Poço Redondo, em Sergipe, onde mora Josefa Maria da Silva Santos, popularmente conhecida como Zefa da Guia, parteira e rezadeira quilombola e figura icônica que já fez mais de cinco mil partos. 

De acordo Gomes, é muito importante trazer estas temáticas para a academia, para que os estudantes aprendam a identificar estas práticas não somente como colaborativas e sim como autênticas, desconstruindo qualquer discriminação que possa existir. “Queremos trazer à tona o processo de gestação da forma que as chamadas tecnologias leves abordam, trabalhando com os estudantes e com a comunidade externa as lógicas de cuidado e de humanização que são tão relevantes”, ressalta o professor.