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Projeto PROOLUD – Reeducar realizará oficinas na cadeia feminina de Petrolina e seleciona voluntários

Podem se candidatar estudantes de vários cursos de graduação

publicado: 22/08/2017 17h31 última modificação: 22/08/2017 17h31
Mônica Santos

O projeto de extensão Oficinas Lúdicas com Reeducandas da cadeia pública feminina de Petrolina (PROOLUD – Reeducar) busca contribuir para o processo de ressocialização de mulheres assistidas pelo sistema penal na cidade. Vinculado ao Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde e Biológicas (PPGCSB) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e realizado em parceria com a Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ), o projeto realiza seleção para estudantes voluntários.

O processo de inscrição acontecerá em duas etapas. Os interessados devem preencher o formulário online até dia 30 de agosto. Haverá também uma entrevista no dia 1º de setembro, no Laboratório de Desenvolvimento-Aprendizagem e Processos Psicossociais (LDAPP), localizado no pavilhão de laboratórios no Campus Sede da Univasf, em Petrolina, a partir das 14h.

São ofertadas 20 vagas para estudantes entre o 2º e o 7º período de diversos cursos nas áreas de saúde e humanidades, como: Educação Física, Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Medicina, Ciências Sociais, Artes Visuais, Enfermagem, Fisioterapia, Comunicação Social, Pedagogia, Direito, Serviço Social, entre outros. 

As ações do projeto se dividirão em reuniões, que acontecerão na Univasf por cerca de três meses, a fim de preparar os voluntários para a parte prática, que serão as vivências e a execução de intervenções lúdicas dentro do presídio. O PROOLUD – Reeducar consiste na elaboração, construção e mediação de oficinas lúdicas e intervenções voltadas para a promoção da saúde através de diferentes estratégias e recursos, como oficinas, escuta qualificada e rodas de conversa.

O projeto busca promover atividades voltadas para a interdisciplinaridade, ludicidade, apoio psicossocial, ressocialização, cidadania, integralidade, saúde e educação, proporcionando a integração dos conhecimentos teóricos com a realidade e a aproximação com sujeitos historicamente estigmatizados. O objetivo é contribuir para o processo de ressocialização, favorecer comportamentos pró-sociais e habilidades pessoais por meio da realização de intervenções artísticas e profissionalizantes.

De acordo com o psicólogo Elias Mascarenhas Pereira, mestrando no Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde e Biológicas (PPGCSB) da Univasf e coordenador do projeto junto com o professor do PPGCSB Francis Natally de Almeida Anacleto, é muito importante levar ações de saúde pública para um lugar socialmente esquecido, como um presídio. “Vemos, com este público específico, pessoas que são carentes de ações, e que por isto, são um público potencial para intervenções. Queremos trabalhar de forma interdisciplinar para promover a saúde e a educação dentro deste ambiente que sofre tanto com o descaso das autoridades”, afirma Pereira.