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Univasf e ICMBio assinam acordo de cooperação técnica para pesquisas sobre biodiversidade na Caatinga

publicado: 24/08/2017 17h17 última modificação: 24/08/2017 17h17
Renata Freitas
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Univasf e ICMBio: parceria fortalece pesquisas

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)estabeleceram, na última terça-feira (22), um Acordo de Cooperação Técnica para a realização de pesquisas e monitoramento da biodiversidade dos répteis na Caatinga. O termo de cooperação que rege a parceria entre as duas instituições foi assinado pelo vice-reitor Telio Nobre Leite, no exercício do cargo de reitor; e pela coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do ICMBio, Vera Lúcia Ferreira Luz, no Gabinete da Reitoria, no Campus Sede, em Petrolina (PE).

Também estiveram presentes o coordenador do Colegiado de Ciências da Natureza do Campus Serra da Capivara da Univasf, professor Arnaldo Magalhães Junior; o analista ambiental do RAN/ICMBio Hugo Bonfim de Arruda Pinto, e o técnico administrativo do RAN/ICMBio José Geraldo da Silva. O Acordo de Cooperação Técnica marca a formalização do trabalho que vem sendo realizado há cerca de dois anos pelo professor Magalhães Junior e pelos pesquisadores do RAN na Serra da Capivara, no Piauí, e que gerou dois Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) defendidos e outros três em andamento, quatro projetos de Iniciação Científica e três artigos, dos quais dois já publicados em periódicos. 

“Com esta parceria, queremos fortalecer as relações entre a Univasf e o ICMBio. A Univasf está em vários estados e isso também representa a possibilidade de expandirmos nossas ações em conjunto para várias áreas”, destacou Vera Lúcia Ferreira Luz. O reitor em exercício Telio Nobre Leite ressaltou a relevância da união das instituições em prol da pesquisa e da conservação ambiental da Caatinga. “Este é um momento de unirmos forças. Estabelecer parcerias é o caminho para juntos superarmos as dificuldades e deixarmos um legado importante para a região”, afirmou.

Sediado em Goiânia (GO), o RAN é um dos 14 centros do ICMBio e realiza pesquisas e monitoramento de répteis e anfíbios, como  lagartos, serpentes, jacarés e tartarugas. Vera frisou que os parques da Serra da Capivara e da Serra das Confusões, também no Piauí, e a Estação Ecológica Raso da Catarina, em Paulo Afonso (BA), reúnem uma grande diversidade de espécies, muitas delas só encontradas nas unidades de conservação. O professor Magalhães Junior observou que maior parte dos répteis endêmicos da Caatinga, isto é, existem apenas neste bioma, são encontrados na região das dunas do São Francisco, nos municípios de Casa Nova e Remanso (BA). “E quase todas estas espécies estão ameaçadas de extinção”, disse.

O RAN/ICMBio tem planos de ação de conservação das espécies em andamento em diversas regiões do país. E a ideia, segundo Vera, é elaborar um plano de ação para a Caatinga, com políticas públicas para a conservação das espécies, visando minimizar os impactos das mudanças climáticas e da ação do homem neste bioma. A parceria Univasf/ICMBio irá possibilitar maiores chances de captação de recursos, participação em editais de financiamento e mais oportunidades de pesquisa e estágio para os estudantes da Universidade.