Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Univasf sedia XXII Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção

Notícias

Univasf sedia XXII Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção

publicado: 06/06/2017 17h26 última modificação: 06/06/2017 17h26
Renata Freitas
Exibir carrossel de imagens Mesa de abertura do XXII Encep

Mesa de abertura do XXII Encep

Cerca de 100 coordenadores de cursos de Engenharia de Produção de todo o Brasil estão reunidos na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) para discutir os desafios da graduação e da pós-graduação, durante o XXII Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (Encep). Promovido pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), o evento acontece no Complexo Multieventos, Campus Juazeiro (BA), até amanhã (7).

A solenidade de abertura, realizada ontem (5) à tarde, contou com a presença do reitor Julianeli Tolentino de Lima; do coordenador do Colegiado de Engenharia de Produção da Univasf, Francisco Pinheiro; e do presidente da Abepro, Milton Vieira Junior. Esta edição do Encep, que tem como tema central “Modelos de Formação em Engenharia de Produção - Mudanças, Tendências e Perspectivas”, é a primeira a ser realizada no interior do Nordeste.

A programação do XXII Encep é composta por workshops e oficinas, divididos em dois grupos de trabalho com temáticas relacionadas especificamente à graduação e à pós-graduação. Entre os assuntos em discussão relativos à graduação destacam-se metodologias para educação em Engenharia e exercício profissional. As temáticas referentes à pós-graduação têm como eixo principal a qualificação e as avaliações dos cursos de mestrado e doutorado.

O debate em torno de novas metodologias de ensino mobilizou a atenção dos participantes ontem, que assistiram à palestra sobre aprendizagem ativa, ministrada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Messias Borges Silva, que também é professor associado na Universidade de Harvard e no MIT. “Os métodos tradicionais de ensino se mostram ineficientes. O foco do ensino deve estar no aluno e não no professor”, destacou Silva.

Para ele, os professores precisam “descer do pedestal” e ir ao encontro de uma nova realidade na relação com os alunos. “O estudante tem que sentir confiança, se sentir protegido para se desenvolver na carreira que escolheu”, observou. Silva sugeriu o uso de novas mídias nas salas de aulas, para que haja mais dinamismo. “Inserir novas mídias, fazer competições, utilizar ferramentas de interação e feedback imediato para as atividades. Isso permite a chance de discutir e rever respostas rapidamente. Aprender torna-se mais divertido”, frisou.

A expectativa por novidades que possam ser implementadas na sala de aula trouxe o professor Leopoldo Guimarães de Criciúma (SC) para o Encep. Coordenador do curso ofertado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), uma instituição de ensino comunitária, ele tem percebido que o alunado tem estado muito disperso, especialmente devido aos atrativos das redes sociais. “Espero levar ideias novas para compartilhar e aplicar com os colegas nas nossas aulas. O evento é importante para que possamos interagir com outros coordenadores e ver o que as universidades estão fazendo”, comentou.

Debater a diversificação de áreas profissionais onde é possível a atuação do engenheiro de produção. Este é um dos objetivos da diretora da Escola de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Helô Borges, neste Encep. “Espero uma sinalização concreta de novas formas de atuação para a Engenharia de Produção, além das áreas tradicionais, no entretenimento, nas artes, na cultura, que podem ser um estímulo para alunos criadores e não repetidores exercitarem seu potencial criativo”, comentou.

A realização do XXII Encep na Univasf, segundo o coordenador do curso na Univasf, Francisco Pinheiro, representou uma oportunidade de divulgar aos participantes não só a região do Vale do São Francisco como também o curso de Engenharia de Produção da instituição. A graduação conta atualmente com cerca de 300 alunos e já formou 130 engenheiros. “Em 2015, fizemos uma pesquisa e constatamos que 65% dos 98 egressos na época estavam empregados na área”, disse Pinheiro.

Entre os desafios do curso na região, na opinião do professor, destacam-se a consolidação da Engenharia de Produção perante a sociedade como uma carreira promissora e uma maior interação com o mercado. No Brasil, há aproximadamente 410 cursos de graduação ativos e outros 40 de pós-graduação, dos quais 18 programas com doutorado.