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Sobre o Curso

por Dian Lourençoni última modificação 26/04/2021 11h49

A Universidade Federal do Vale do São Francisco fundada em 2002 teve o início de suas atividades em outubro de 2004 com o curso de graduação de Engenharia Agrícola e Ambiental proposto como um dos cursos iniciais. Desta forma, vários profissionais da área vieram de diferentes regiões do país para fazer parte de seu corpo docente.

Em 2008, na intenção de tornar o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental mais conhecido na região, vários professores mobilizaram-se para trazer o Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA) para Juazeiro-BA, o qual foi realizado com sucesso em outubro de 2009, com mais de 600 participantes.

Com a realização do CONBEA, vários profissionais pertencentes a órgãos de pesquisa e ensino da região, com atuação na área de engenharia agrícola, começaram a se reunir para avaliarem e proporem a criação da pós-graduação (nível Mestrado) em Engenharia Agrícola, com intenção de alavancar o desenvolvimento agropecuário no semiárido brasileiro e em especial no Vale do São Francisco, por meio da qualificação técnico-cientifica dos profissionais da área.

A importância da região semiárida é destacada pela sua extensão, com 969.589 mil km2, que equivale a 13% do território nacional e 70% da região nordeste, abrangendo oito estados da região e o norte do estado de Minas Gerais. Com 22,59 milhões de habitantes (43% da população da região nordeste) e 12% da população brasileira, dos quais 8,59 milhões (38% da população) residindo no meio rural.

Já o Vale do São Francisco, abrange os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, com extensão de 639.000 km2, é uma região caracterizada pela forte atividade agrícola, em especial a agricultura irrigada, que vem necessitando diversificar as atividades e desenvolver tecnologias de uso e de conservação adequados dos recursos ambientais.

Fonte: dos Santos Júnior, J. E., & dos Santos, V. M. L. (2018). Indicações Geográficas para produtos do Agronegócio no Brasil e no Vale do São Francisco. Revista INGI-Indicação Geográfica e Inovação2(1), 54-70.
 

Neste contexto, a produção de frutas e hortaliças pode ser entendida como a grande dinamizadora da economia local, consideradas atividades de uso intensivo de mão-de-obra, geradora de grande número de empregos diretos e indiretos.

As atividades pecuárias também foram consideradas importantes condições de investimento na região, colaborando na diversificação e ampliação do desenvolvimento, tendo como destaque a ovinocaprinocultura. Essa produção animal, principal atividade das áreas de sequeiro sempre geraram um grande desafio, esbarrando em alguns pontos de estrangulamento que poderiam ser facilmente superados com a adaptação e geração de tecnologias.

Frente a essas considerações, concluiu-se pela necessidade de maior profissionalização do setor, além da introdução de inovações e mudanças tecnológicas nos processos produtivos e organização da cadeia produtiva agropecuária. Assim, todos os elos estariam capacitados, treinados e conscientes de seu papel no desenvolvimento da atividade na região.

Com isso, a pós-graduação (nível Mestrado), foi aprovada em dezembro de 2010, com início de suas atividades em agosto de 2011. A proposta veio ao encontro do apelo e comprometimento dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, com o desenvolvimento socioeconômico e valorização das potencialidades regionais e inovação em sua proposta acadêmico-pedagógica, por formar núcleos temáticos multidisciplinares envolvendo professores, acadêmicos e pesquisadores com objetivo de discutir problemas locais e regionais ligados ao ambiente semiárido.

Além disso, através de parcerias com instituições, que partilham do mesmo comprometimento, como a saber, a Embrapa Semiárido e o IF-SERTÃO, vislumbrou-se um momento de oportunidade para a consolidação e o desenvolvimento de uma estrutura de pesquisa em Engenharia Agrícola.

Com o início do curso de pós-graduação em Engenharia Agrícola (nível mestrado), observou-se a integração de atividades em conjunto com a graduação, não somente com o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, mas também dos cursos relacionados às áreas de Ciências Agrárias e demais Engenharias, promovendo a discussão e a busca de alternativas para integração da Universidade com a sociedade. Isso pode ser observado na seleção de alunos para o mestrado, com candidatos das áreas de Engenharias Mecânica, de Computação, de Produção, Agronômica, entre outras.

Desde sua criação, o programa de pós-graduação em Engenharia Agrícola já apresentava um forte aspecto de inserção social, uma vez que em sua concepção, havia uma preocupação em proporcionar o treinamento de profissionais com intenção de alavancar o desenvolvimento agropecuário no semiárido brasileiro e em especial no Vale do São Francisco, por meio da qualificação técnico-cientifica dos profissionais da área.

Várias pesquisas são realizadas em laboratórios ou campos experimentais da UNIVASF. Porém, grande parte dos projetos também são desenvolvidos diretamente em propriedades rurais e empresas da região, buscando a resolução de problemas ou o desenvolvimento tecnológico. Isso imprime ao Programa destacável caráter de integração direta com produtores e sociedade em geral. Há uma constante preocupação em se obter redução de custos e racionalização de processos e técnicas produtivas.

 

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, com o curso de mestrado, tem por objetivo geral capacitar profissionais para o exercício das atividades de ensino, de pesquisa, de desenvolvimento científico, tecnológico e inovação em suas linhas de pesquisa.

 

Os objetivos específicos do Programa são:

  • Oferecer aos estudantes uma grade curricular ampla, permitindo a esses se qualificarem nas diferentes áreas de concentração da Engenharia Agrícola;
  • Treinar os estudantes a elaborar e executar projetos de pesquisas voltados para a solução de problemas enfrentados pela agropecuária e agronegócio brasileiro, buscando trabalhar com temas de elevada relevância e soluções inovadoras;
  • Estimular e treinar os estudantes a apresentar os resultados de suas pesquisas em eventos técnico científicos nacionais e internacionais;
  • Fortalecer a integração dos estudantes de pós-graduação das diferentes áreas de concentração por meio de seminários para dar-lhes uma formação mais ampla;
  • Treinar os estudantes de pós-graduação a desempenhar atividades de ensino de graduação para que esses, quando formados, tenham melhores condições de ensinar;
  • Desenvolver nos estudantes a capacidade de liderar equipes de pesquisa e de ensino;
  • Motivar e orientar os estudantes na preparação e submissão de artigos científicos para divulgação, tanto em nível nacional como internacional, das pesquisas realizadas;
  • Incentivar e promover o desenvolvimento de atividades de internacionalização junto ao corpo docente e discente do Programa;
  • Promover atividades visando à inserção social do Programa, oportunizando suas potencialidades junto a instituições públicas e privadas, de forma a elevar a abrangência dos conhecimentos e pesquisas geradas junto à comunidade.