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Laboratório de Diagnóstico de Covid-19 da Univasf processa mil exames durante primeiro mês de funcionamento

publicado: 02/10/2020 16h33 última modificação: 02/10/2020 16h33
Renata Freitas

O Laboratório de Diagnóstico Molecular de Covid-19 da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) atingiu, ontem (1º), a marca de mil exames realizados para diagnosticar a presença do vírus Sars-Cov-2 por meio da técnica RT-PCR. Este número foi alcançado um mês depois que o laboratório entrou em funcionamento, em 31 de agosto, no Campus Sede da Univasf, em Petrolina (PE). As amostras analisadas são de pacientes dos municípios de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, que integram a VIII Gerência Regional de Saúde (Geres) de Pernambuco.

A Univasf é a única instituição no interior do estado certificada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) para realizar o diagnóstico de Covid-19 utilizando a técnica RT-PCR, considerada a mais eficaz para detecção da doença ainda no início dos sintomas. Das mil amostras analisadas ao longo do primeiro mês, 63% são solicitações referentes a Petrolina, seguida por Lagoa Grande (13,15%); Cabrobó (9,6%); Santa Maria da Boa Vista (6,67%); Afrânio (4,25%); Dormentes (1,74%); e, por último, Orocó (1,45%). Do total de exames realizados, cerca de 20% acusou positivo para a presença do novo coronavírus.

Com uma equipe de sete profissionais, composta por discentes de pós-graduação da Univasf e técnicos, coordenados pelo professor Rodrigo Feliciano do Carmo, com o apoio dos professores Anderson Armstrong, Mateus Matiuzzi, Gisele Veneroni Gouveia e João José de Simoni Gouveia, o laboratório tem processado uma média de 250 exames por semana. A expectativa inicial era emitir 150 diagnósticos semanalmente.

O coordenador Rodrigo do Carmo diz que o tempo de processamento dos exames caiu dos 15 dias de espera quando as amostras eram encaminhadas ao Lacen, no Recife, para as atuais 24 horas, a partir do momento da coleta do material a ser encaminhado para o exame. “Hoje, recebemos uma amostra no início da manhã e às 15h do mesmo dia esse resultado já está disponível no sistema para acesso do município, praticamente em tempo real, para dar um retorno rápido ao paciente”, explica.

Carmo ressalta que essa agilidade é de grande importância para o controle epidemiológico da doença. “Esse rápido diagnóstico dá ciência ao paciente sobre sua condição e permite que sejam adotadas medidas de proteção para o paciente e para as pessoas que convivem com ele, com a adoção da quarentena, o uso de máscaras e outros cuidados”, diz. Os números também permitem às autoridades locais acompanhar o comportamento do novo coronavírus na região.

Também é realizada pelo laboratório da Univasf a testagem das amostras de pacientes que faleceram com suspeita de estar com o vírus Sars-Cov-2. “O Lacen era o único que fazia a testagem para a confirmação dos óbitos até um mês atrás. Agora, nós também fazemos”, conta o coordenador. Esse trabalho é essencial para confirmar a causa da morte em pacientes com suspeita da doença e para possibilitar a doação e o transplante de órgãos. “O paciente que aguarda o transplante de órgãos só recebe a doação se o exame do doador der negativo para Covid-19”, conta Carmo.