Discutir a relação entre as desigualdades sociais e o conhecimento das Ciências Biológicas, especialmente a Zoologia, disponibilizando conteúdos acessíveis para toda a comunidade através das mídias sociais. Este é o objetivo do Museu da Diversidade, um projeto de extensão vinculado ao Colegiado de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). ­O projeto irá produzir e divulgar vídeos, fotos, textos e lives no Instagram, além de dar dicas de filmes e livros. As publicações do Museu têm início hoje (11) com um vídeo sobre o tema “Esquistossomose e racismo estrutural”.

A ideia desta ação surgiu baseada no “Museu da Diversidade”, evento realizado presencialmente em março de 2019, no Parque Municipal Josepha Coelho, em Petrolina (PE), sob a coordenação da professora do Colegiado de Ciências Biológicas Vinina Ferreira. O evento teve o objetivo de compartilhar com a população da região o conteúdo produzido dentro da Universidade, apresentando pesquisas em Ciências Biológicas, ao passo em que se promoviam debates sobre questões sociais. O Museu foi prestigiado por mais de 500 pessoas, em um período de quatro horas de duração. Este ano, com a criação do projeto de extensão, a ideia é alcançar um número ainda maior de pessoas, através da internet.

O “Museu da Diversidade” aconteceu presencialmente em março de 2019.

De acordo com Vinina Ferreira, coordenadora do projeto de extensão, composto por uma equipe formada por 17 estudantes de Ciências Biológicas, essa é uma ação que se propõe a levar informação para o público, com foco em aspectos sociais. O projeto pretende promover reflexões sobre as razões que levam determinados grupos de pessoas a serem invisibilizados dentro das discussões do meio científico, debatendo temas como a ausência de autoras negras e negros com destaque dentro de áreas como a Zoologia, o machismo e a homofobia na construção do conhecimento científico.