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Serras Caatingueiras é a nova Unidade de Conservação de Pernambuco proposta pelo Nema e Cemafauna da Univasf

publicado: 11/06/2019 08h29 última modificação: 11/06/2019 11h27
Karen Lima
Exibir carrossel de imagens André Paviotti Fontana Falso-ingá, espécie vegetal encontrada na Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras.

Falso-ingá, espécie vegetal encontrada na Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras.

Com mais de 21 mil hectares, a Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras é a segunda maior unidade de proteção integral estadual de Pernambuco. Localizada entre os municípios de Salgueiro e Cabrobó, a área abriga importantes espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção. A proposta de criação foi indicada pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) e o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em uma articulação junto ao Governo do Estado, iniciada em 2011.

A proposta foi elaborada em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), e as Prefeituras de Salgueiro e Cabrobó, e aprovada por unanimidade pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) no dia 23 de novembro de 2018. A assinatura do decreto de criação, realizada na última quarta-feira (5), permitirá a conservação de amostras significativas dos ecossistemas presentes na Caatinga. O próximo passo é a formação do conselho gestor e a elaboração do Plano de Manejo com as ações de recuperação e proteção da flora e fauna do local.

Toda a área mapeada, que engloba as Serras do Livramento, Monte Santo, Letras e Bananeira, aponta a urgência da conservação da biodiversidade do ambiente. No último levantamento realizado pelo Nema e Cemafauna, foram registradas 422 espécies vegetais, 326 espécies de animais e descobertas duas novas espécies para a ciência, a Pleurophora pulchra da família Lythraceae e a borboleta Melanis caatingensis.

O Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras abriga 36 espécies vegetais endêmicas da Caatinga. Além de espécies ameaçadas de extinção, como o cascudo (Handroanthus spongiosus) e três espécies de mamíferos, a onça-parda (Puma concolor), o gato-vermelho (Puma yagouaroundi) e o mocó (Kerodon rupestris). Na região, há ainda a presença de sítios arqueológicos, localizados principalmente na Serra das Letras.

De acordo com o coordenador do Nema, professor Renato Garcia Rodrigues, a criação da UC Serras Caatingueiras é uma demonstração da capacidade da Univasf em articular políticas públicas agregadas ao conhecimento científico. “O esforço de articulação agora se transforma em mobilização para efetivação dessa unidade como uma área de proteção integral que conserve a biodiversidade e melhore a qualidade de vida da população local”, ressalta.

Proposta da Unidade de Conservação – A indicação desta Unidade de Conservação é fruto dos resultados do licenciamento ambiental das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (Pisf), através do Plano Básico Ambiental 23 executado pelo Nema e Cemafauna, juntamente ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

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