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Univasf promove capacitação para representantes de Vilas Produtivas Rurais do Projeto de Integração do Rio São Francisco

publicado: 24/01/2019 15h36 última modificação: 24/01/2019 15h36
Mônica Santos
Exibir carrossel de imagens Juciane Aleixo O curso conta com a participação de 75 pessoas das 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs) do PISF.

O curso conta com a participação de 75 pessoas das 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs) do PISF.

Produtividade, sustentabilidade e geração de renda no Semiárido devem caminhar juntas para que as comunidades rurais possam ter um projeto socioprodutivo integrado e comunitário. Com o intuito dar início à construção deste projeto juntamente com produtores rurais, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realiza o Curso de Capacitação em Planejamento, Organização Socioprodutiva e Ambiental para Lideranças Representativas das Vilas Produtivas Rurais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). O curso, que acontece no Espaço Plural em Juazeiro (BA), conta com a participação de 75 pessoas das 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs) do PISF.

As VPRs são comunidades agrícolas localizadas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará, criadas para relocar as famílias que moravam na faixa de implantação da obra da integração do rio São Francisco. Ao todo, 848 famílias moram nas VPRs, que fazem parte do Programa de Reassentamento de Populações - Projeto Básico Ambiental 8 (PBA 8), do Ministério do Desenvolvimento Regional. A capacitação integra as ações do PBA 8, que é executado pela Univasf, por meio da Assessoria de Projetos Institucionais (API), do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) e do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema).

As atividades da capacitação começaram na segunda-feira (21) e seguem até sexta-feira (25). A programação é composta por discussões, oficinas, vivências, intercâmbios e debates. Dentre os temas tratados estão: processos socioprodutivos, ambientais e organizacionais das VPRs; diagnósticos e planejamentos participativos comunitários; sistematização e troca de experiências entre moradores das VPRs; diversidade e características das organizações sociais comunitárias; sistemas integrados na produção da segurança alimentar, ocupação e geração de renda no Semiárido; sustentabilidade socioambiental e a importância da proteção das áreas de preservação ambiental e área de preservação permanente de acordo com a legislação ambiental vigente.

De acordo com Karla Amariz, que integra a equipe organizadora da capacitação, essa atividade dará início às ações de planejamento e organização sócio produtiva e ambiental das VPRs, do PBA 8, por parte da equipe do PISF na Univasf. "Pretendemos com a capacitação realizar o planejamento para o início dessas ações, principalmente aquelas relacionadas à produção, organização social e meio ambiente. Para traçar esses planos precisamos construir uma relação direta entre as VPRs e a Universidade, que tem um papel de extensão fundamental de possibilitar a troca de conhecimentos com essas populações, que poderão vislumbrar, assim, um horizonte para poder trabalhar dentro das comunidades”, explica

Josefa Madalena da Silva veio da VPR de Cacaré, na Paraíba, com outras oito pessoas. Moradora da comunidade há três anos, ela faz parte da associação de moradores. Para Josefa, está sendo uma experiência única participar da capacitação. “É muito bom conhecer pessoas de outras vilas e fortalecer os laços para resolver os problemas. Espero que tenham outros encontros, para gerar conhecimento e podermos cobrar melhorias e recursos”, afirma.

Já Pedro Furtado é da VPR Descanso, no município de Mauriti, no Ceará. De acordo com o agricultor, a construção da vila foi importante por ter lhe proporcionado um terreno onde pode plantar e tirar seu sustento. Ele veio para a capacitação para aprimorar as técnicas e aprender a produzir mais e melhor. “Devemos conhecer nossos direitos para podermos lutar por eles. Essa capacitação está sendo importante por eu estar me aprimorando. Por exemplo, aprendi que posso criar tilápias em um reservatório de água, que depois vai poder irrigar minha horta. Vou voltar para minha vila e ensinar para os outros”, conta.

O PBA 8 conta com a participação de professores e pesquisadores de diferentes cursos da Univasf e também de colaboradores terceirizados e estudantes. O coordenador das ações do PBA-8 na Univasf e assessor de Projetos Institucionais, Leonardo Cavalcanti, destaca que o papel da Universidade é de grande relevância para facilitar a integração das comunidades e incentivar a criação de alternativas de produção sustentável para as VPRs. 

“A Univasf tem uma participação fundamental, junto com o Ministério do Desenvolvimento Regional, no sentido de acompanhar e orientar as comunidades residentes nas vilas para que possam produzir seus próprios alimentos e, com a produção excedente, possam também gerar renda, de forma sustentável”, observa. Um dos objetivos do PBA 8, segundo Cavalcanti, é desenvolver nas comunidades alternativas de produção sustentável para as VPRs. 

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