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Entrevista de Abril é com o Coordenador do curso Gestão de Saúde
O primeiro curso a ser conhecido aqui é o de Gestão de Saúde. Para apresentá-lo, nós tivemos uma conversa bem coloquial e interessante com o professor Daniel Henrique Espíndula, coordenador do curso.
O professor Daniel Espíndula é Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2003), Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2010). Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF. Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Univasf. Tem experiência na área de Psicologia Social, com ênfase nos seguintes temas: Violência, Exclusão, Psicologia da Saúde, Adolescência/Juventude, Representações Sociais e Práticas Educativas
Professor, qual motivação para este curso ter vindo para a SEaD?
O curso de gestão de saúde vem de uma proposta do PNAP (Programa Nacional de Administração Pública), e é financiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que é o órgão de fomento, responsável pela qualificação de capital humano. Ele vem pra região, no Vale do São Francisco, na iniciativa de capacitar gestores públicos para a área de saúde.
Sendo assim, como o curso de Gestão de Saúde contribui para a área da saúde no Vale do São Francisco?
O que a gente já sabe na questão da saúde pública? Três, em cada quatro profissionais de saúde, hoje, trabalham no SUS. Dentre as diversas atividades, a gente vai encontrar atividades de gestão de bem público. Sendo assim, a gente vem para capacitar os gestores que já estão no serviço, aqueles profissionais de saúde que pretendem entrar no serviço de saúde público, que pretende ocupar espaços de gestão. A gente vem, na verdade, qualificar esse capital humano. Diferentemente de outras abordagens ou de outras naturezas de gestão que enfocam muito numa gestão privada. Gestão empresarial. A gente sabe que uma gestão pública segue outro ordenamento. É para isso que ele vem, para mostrar esse outro olhar de formar gestores públicos e diminuir as dificuldades enfrentadas hoje na gestão da saúde pública, por exemplo.
Em um ambiente de grande evasão como o da Educação a Distância, o curso de Gestão em Saúde é um dos que possui menor índice de abandono. A que se deve esse fator?
A baixa evasão se deve a alguns pontos. Um deles é o reconhecimento dos estudantes, por conta de nosso corpo docente. Hoje, ele é formado, em sua maioria, por mestres e doutores. Todos eles têm uma interface com a questão da saúde, da saúde pública. A orientação do curso ajuda muito nisso.
O outro caráter é que os estudantes encontram no curso algo palpável pra vida deles no âmbito profissional. Acho que isso diminui muito a evasão. Sem contar, também, com a equipe dos tutores que ficam acompanhando o processo. Eu acredito que o jogo sendo claro, a educação fica mais lógica e tem sentido para a vida do discente. Ele vê ali as questões cotidianas dele, os exercícios são voltados para isso. Ele tem uma situação problema e traz isso para o curso. Os TCCS dos alunos têm refletido muito isso. Geralmente são questões de gestão. Ele encontra o problema lá em seu ambiente de trabalho e vai buscar na literatura para responder.
Esses são pontos que fazem nós termos uma evasão relativamente baixa e já termos 230 formados. Foram 124 na primeira turma e 96 na segunda.