Turma de Licenciatura em Pedagogia vive momento de etnografia visual

Neste mês de maio,  alunos da SEaD Univasf, do primeiro período do curso de Licenciatura em Pedagogia, viveram uma experiência bastante marcante. Foi realizado um trabalho de etnografia visual, no âmbito da disciplina de fundamentos antropológicos da educação.  Os alunos tiveram que visitar salas de aula e observar o que acontecia com um olhar crítico. Tudo o que aconteceu foi registrado em fotos que, posteriormente, foram expostas em sala de aula durante momento de socialização da experiência entre os alunos da disciplina

O professor Arthur Lima conta que, desde o início das aulas, tem buscado viver um modelo de construção colaborativa da disciplina. " A primeira semana da turma foi para isso. Fiz um primeiro exercício de plano de aulas, socializei pra que os alunos e tutores lessem, fizessem sua criticas e me devolvessem para que eu fizesse o modelo final", disse.  O professor conta ainda que neste momento de construção da disciplina, muitos alunos disseram sentir falta do contato com o professor e dos momentos de socialização.

"Pensando nessa necessidade externada pelos estudantes, construímos momentos como esse. Então eu pedi pra que eles fossem na escola, família, igreja, círculos sociais e fizessem um registro social desse modelo atual de ensino, através de fotográficas, pra que a gente pudesse fazer um exercício de etnografia visual.  Um exercício de olhar antropológico sobre esse modelo de escola que a gente tem hoje. Pedi que eles fizessem com esse olhar critico. Depois, colocamos todas as fotos na sala, penduradas em varal, como se faz aqui no nordeste na literatura de cordel", explicou Arthur.

Lorena Nogueira, tutora presencial da turma de Pedagogia em Juazeiro-BA, assim como os demais tutores teve o importante papel de analisar, avaliar e estar presente durante as apresentações. Segundo ela, foi uma experiência de muito aprendizado e integração. "Foi um momento de trocas de experiências. Cada aluno pode mostrar um pouco da sua vivência na educação através das fotos", disse. 

Ainda segundo Lorena, a reação dos alunos foi de extrema satisfação. "A maioria aderiu a ideia. Eles ornamentaram as salas, usaram da criatividade e puderam expressar sua opinião através das fotos e palavras. Os alunos elogiaram a ideia do professor, sobretudo, por sugerir o encontro presencial para essa troca", e completa. "Foi um trabalho, porém, uma experiência inesquecível, segundo eles". 

O professor Arthur acredita que essa é uma prova de que atividades assim são essenciais no ensino a distância. "A EaD é um modelo de educação que se disponibiliza a levar educação àquelas pessoas que não têm tempo de fazer uma graduação presencial. Muitas trabalham, são pais de família, mães de família ou até mesmo pessoas que moram deslocadas dos grandes centros. A EaD, mesmo sendo, como o próprio nome diz, a distância, pode ter momentos de socialização".