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Embalagem para produtos de limpeza: tipos e como descartar

As embalagens plásticas dos produtos de limpeza são, em sua maioria, recicláveis e devem ser descartadas corretamente

por última modificação: 28/05/2019 10h27

As embalagens para produtos de limpeza são feitas de uma variedade de materiais, principalmente plástico. O acondicionamento dos produtos de limpeza em embalagens plásticas contribui para sua preservação por mais tempo, evitando o descarte precoce. Além disso, essas embalagens são leves, informativas, têm possibilidades de design que as tornam fáceis de manusear e a maioria é reciclável, o que permite que o plástico retorne ao ciclo produtivo. O problema é quando escapam para o meio ambiente. Uma vez descartadas de modo incorreto, essas embalagens podem causar impactos socioambientais desagradáveis. A melhor forma de evitar esse cenário é praticar o descarte correto. Entenda:

Do que são feitas

As embalagens dos produtos de limpeza podem ser compostas por papelão, plástico polipropileno (PP), plástico polietileno de alta densidade (PEAD), plástico polietileno de baixa densidade (PEBD), PET e outros - isso inclui a mistura desses tipos de plástico com outros materiais, como o alumínio.

Com exceção das embalagens que têm em sua composição o alumínio e o papelão (normalmente encontrados como componentes de embalagens feitas em camadas), as embalagens plásticas dos produtos de limpeza são termoplásticas. Isso significa que elas são recicláveis, pois, quando aquecidas, suas propriedades químicas não são alteradas e o material pode ser moldado em outros formatos.

O papelão e o alumínio também são recicláveis - este último, inclusive, infinitamente. Embora não seja tão comum no caso dos produtos de limpeza, o alumínio pode ser encontrado em algumas embalagens como componente de uma de suas camadas. Isso torna necessária a separação das camadas dos diferentes tipos de material que compõem a embalagem para viabilizar sua reciclagem. Esse tipo de embalagem normalmente tem uma aparência metálica em seu interior e fosca por fora, sendo resultado da união de uma camada de alumínio com uma de plástico polipropileno biorientado (BOPP).

As embalagens para sabão em pó, em geral, costumam ter como principal componente o papelão, um material que além de facilmente reciclável, é biodegradável.

Já as embalagens de detergente, amaciante, sabão líquido, multiuso, alvejante, água sanitária e desinfetante têm uma composição que varia de acordo com a parte da embalagem. Enquanto a tampa e o rótulo de um multiuso podem ser feitos de PP (polipropileno), por exemplo, a parte da embalagem que armazena o conteúdo pode ser encontrada em PET ou PEAD, todos recicláveis.

Quando estiver em dúvida sobre a composição da embalagem, procure observar seu rótulo ou fundo externo em busca do triângulo de três setas que simboliza a reciclagem.

Quando a composição é, em sua maior parte, de plástico, a embalagem pode vir com o triângulo de três setas e um número, que indica o tipo de material, como na imagem abaixo:

Quando a embalagem for composta por outros materiais, como o papelão ou o alumínio, procure pelo símbolo genérico da reciclagem (o triângulo de setas sem o número), que indica que a embalagem é reciclável. O número dentro das setas só vale para os materiais feitos de plástico. A classificação "outros" normalmente é empregada para os produtos fabricados com uma combinação de vários tipos de plástico.

Por que destinar corretamente

Os termoplásticos compõem a maioria das embalagens de produtos de limpeza e podem ser fabricados tanto a partir de uma fração do petróleo chamada nafta quanto com base em fontes renováveis. O PEAD é um exemplo de plástico que pode ser feito com nafta (uma fonte não renovável) ou com plástico verde, uma resina que tem a cana-de-açúcar como fonte.

Todos eles demandam energia e água em sua produção e, com o processo de reciclagem, essas demandas são menores. Isso também vale para o papelão, o alumínio e o aço.

A reciclagem é um processo importante pelo qual devem passar as embalagens para produtos de limpeza. Não só para evitar a maior demanda por recursos energéticos e naturais, mas também para aliviar os aterros sanitários e reduzir os gases de efeito estufa emitidos na decomposição do material.

As embalagens que escapam para o ambiente podem viajar por longas distâncias, causar sufocamento de animais marinhos e absorver substâncias nocivas (desreguladores hormonais, imunológicos, neurológicos e reprodutivos) e bioacumulativas, como os POPs, até se fragmentarem em pequenas partículas pela ação física e química de agentes como o sol, o vento e a chuva, resultando em microplástico - um formato mais nocivo.

Para evitar todos esses impactos negativos que o plástico pode causar no ambiente, é preciso fazer o descarte correto. Uma vez que você se beneficiou das praticidades do produto de limpeza adquirido, é importante que você certifique-se de que a embalagem não irá escapar para o ambiente, de preferência enviando para a reciclagem.

Como fazer o descarte correto

Antes de descartar sua embalagem, procure utilizar todo o conteúdo do produto de limpeza. Uma dica é colocar um pouco de água na embalagem quando o produto estiver acabando e usar para limpeza, do mesmo modo como você faria com o produto original. Assim você usa todo o conteúdo da embalagem, evitando desperdício, e já pode jogá-la fora limpa, o que facilita o processo de reciclagem.

Se a embalagem for separável - possuir tampa, rótulo e argola, por exemplo -, separe e acumule as partes de material semelhante para facilitar o serviço de manuseio por parte dos trabalhadores e trabalhadoras das cooperativas de reciclagem.

Se você não tiver tempo de fazer essa separação, não tem problema: a embalagem também pode ser enviada para a reciclagem montada do jeito que você a adquiriu.

Verifique se há coleta seletiva em sua cidade e em quais dias o serviço é prestado. Caso não tenha, acumule as embalagens (tomando cuidado para não criar um ambiente propício ao desenvolvimento de vetores de doenças, como o mosquito da dengue) e as encaminhe para postos de reciclagem.

Fonte: eCycle