Sobre o Curso
A Universidade Federal do Vale do São Francisco fundada em 2002 teve o início de suas atividades em outubro de 2004 com o curso de graduação de Engenharia Agrícola e Ambiental proposto como um dos cursos iniciais. Desta forma, vários profissionais da área vieram de diferentes regiões do país para fazer parte de seu corpo docente.
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Em 2008, na intenção de tornar o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental mais conhecido na região, vários professores mobilizaram-se para trazer o Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA) para Juazeiro-BA, o qual foi realizado com sucesso em outubro de 2009, com mais de 600 participantes.
Com a realização do CONBEA, vários profissionais pertencentes a órgãos de pesquisa e ensino da região, com atuação na área de engenharia agrícola, começaram a se reunir para avaliarem e proporem a criação da pós-graduação (nível Mestrado) em Engenharia Agrícola, com intenção de alavancar o desenvolvimento agropecuário no semiárido brasileiro e em especial no Vale do São Francisco, por meio da qualificação técnico-cientifica dos profissionais da área.
A importância da região semiárida é destacada pela sua extensão, com 969.589 mil km2, que equivale a 13% do território nacional e 70% da região nordeste, abrangendo oito estados da região e o norte do estado de Minas Gerais. Com 22,59 milhões de habitantes (43% da população da região nordeste) e 12% da população brasileira, dos quais 8,59 milhões (38% da população) residindo no meio rural.
Já o Vale do São Francisco, abrange os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, com extensão de 639.000 km2, é uma região caracterizada pela forte atividade agrícola, em especial a agricultura irrigada, que vem necessitando diversificar as atividades e desenvolver tecnologias de uso e de conservação adequados dos recursos ambientais.

Neste contexto, a produção de frutas e hortaliças pode ser entendida como a grande dinamizadora da economia local, consideradas atividades de uso intensivo de mão-de-obra, geradora de grande número de empregos diretos e indiretos.
As atividades pecuárias também foram consideradas importantes condições de investimento na região, colaborando na diversificação e ampliação do desenvolvimento, tendo como destaque a ovinocaprinocultura. Essa produção animal, principal atividade das áreas de sequeiro sempre geraram um grande desafio, esbarrando em alguns pontos de estrangulamento que poderiam ser facilmente superados com a adaptação e geração de tecnologias.
Frente a essas considerações, concluiu-se pela necessidade de maior profissionalização do setor, além da introdução de inovações e mudanças tecnológicas nos processos produtivos e organização da cadeia produtiva agropecuária. Assim, todos os elos estariam capacitados, treinados e conscientes de seu papel no desenvolvimento da atividade na região.
Com isso, a pós-graduação (nível Mestrado), foi aprovada em dezembro de 2010, com início de suas atividades em agosto de 2011. A proposta veio ao encontro do apelo e comprometimento dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, com o desenvolvimento socioeconômico e valorização das potencialidades regionais e inovação em sua proposta acadêmico-pedagógica, por formar núcleos temáticos multidisciplinares envolvendo professores, acadêmicos e pesquisadores com objetivo de discutir problemas locais e regionais ligados ao ambiente semiárido.
Além disso, através de parcerias com instituições, que partilham do mesmo comprometimento, como a saber, a Embrapa Semiárido e o IF-SERTÃO, vislumbrou-se um momento de oportunidade para a consolidação e o desenvolvimento de uma estrutura de pesquisa em Engenharia Agrícola.
Com o início do curso de pós-graduação em Engenharia Agrícola (nível mestrado), observou-se a integração de atividades em conjunto com a graduação, não somente com o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, mas também dos cursos relacionados às áreas de Ciências Agrárias e demais Engenharias, promovendo a discussão e a busca de alternativas para integração da Universidade com a sociedade. Isso pode ser observado na seleção de alunos para o mestrado, com candidatos das áreas de Engenharias Mecânica, de Computação, de Produção, Agronômica, entre outras.
Desde sua criação, o programa de pós-graduação em Engenharia Agrícola já apresentava um forte aspecto de inserção social, uma vez que em sua concepção, havia uma preocupação em proporcionar o treinamento de profissionais com intenção de alavancar o desenvolvimento agropecuário no semiárido brasileiro e em especial no Vale do São Francisco, por meio da qualificação técnico-cientifica dos profissionais da área.
Várias pesquisas são realizadas em laboratórios ou campos experimentais da UNIVASF. Porém, grande parte dos projetos também são desenvolvidos diretamente em propriedades rurais e empresas da região, buscando a resolução de problemas ou o desenvolvimento tecnológico. Isso imprime ao Programa destacável caráter de integração direta com produtores e sociedade em geral. Há uma constante preocupação em se obter redução de custos e racionalização de processos e técnicas produtivas.
O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, com o curso de mestrado, tem por objetivo geral capacitar profissionais para o exercício das atividades de ensino, de pesquisa, de desenvolvimento científico, tecnológico e inovação em suas linhas de pesquisa.
Os objetivos específicos do Programa são:
- Oferecer aos estudantes uma grade curricular ampla, permitindo a esses se qualificarem nas diferentes áreas de concentração da Engenharia Agrícola;
- Treinar os estudantes a elaborar e executar projetos de pesquisas voltados para a solução de problemas enfrentados pela agropecuária e agronegócio brasileiro, buscando trabalhar com temas de elevada relevância e soluções inovadoras;
- Estimular e treinar os estudantes a apresentar os resultados de suas pesquisas em eventos técnico científicos nacionais e internacionais;
- Fortalecer a integração dos estudantes de pós-graduação das diferentes áreas de concentração por meio de seminários para dar-lhes uma formação mais ampla;
- Treinar os estudantes de pós-graduação a desempenhar atividades de ensino de graduação para que esses, quando formados, tenham melhores condições de ensinar;
- Desenvolver nos estudantes a capacidade de liderar equipes de pesquisa e de ensino;
- Motivar e orientar os estudantes na preparação e submissão de artigos científicos para divulgação, tanto em nível nacional como internacional, das pesquisas realizadas;
- Incentivar e promover o desenvolvimento de atividades de internacionalização junto ao corpo docente e discente do Programa;
- Promover atividades visando à inserção social do Programa, oportunizando suas potencialidades junto a instituições públicas e privadas, de forma a elevar a abrangência dos conhecimentos e pesquisas geradas junto à comunidade.