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Bridging the Gaps: Investigating the Complex Impact of the COVID-19 Pandemic on Tuberculosis Records in Brazil

OASIS publica artigo científico sobre o impacto da COVID-19 nos casos de tuberculose em Pernambuco
por publicado: 13/08/2024 14h46 última modificação: 06/09/2024 14h50

O presente estudo teve como objetivo analisar como os registros de tuberculose em um estado do Nordeste do Brasil se comportaram ao longo do tempo, levando em conta aspectos da distribuição de novos casos no espaço e o impacto causado pela Pandemia de COVID-19 no cenário da doença.

Trata-se de um estudo ecológico (em que se analisam informações sobre um grupo de pessoas em determinada área geográfica, em um período de tempo) envolvendo todos os diagnósticos de Tuberculose (TB) em residentes do estado de Pernambuco, Brasil.

Para obtenção de dados, foi utilizada a plataforma do SINAN - Sistema Nacional de Agravos de Notificação, um sistema de informação em saúde que visa padronizar a coleta e o processamento de dados sobre doenças e agravos de notificação no Brasil, contribuindo para a análise do perfil de morbidade.

A partir disso, foram realizadas as seguintes análises, a fim de se estabelecer o impacto da pandemia de COVID-19 nos casos de TB diagnosticados em Pernambuco nos anos de 2020 e 2021: I) análise da incidência de tuberculose ao longo do tempo, no período pré-pandemia (2001-2019); II) análise da distribuição espacial da doença no Estado, no período antes da pandemia (2015-2019); III) análise espacial durante os dois primeiros anos pandêmicos (2020-2021). Para tanto, se lançou mão de modelos de regressão de pontos de inflexão, estatísticas de Moran globais e locais e estatísticas de varredura espacial, com auxílio de softwares.

De acordo com as análises, registrou-se que, no período de 2001 a 2019, 91.225 casos de TB foram notificados em Pernambuco (48,40 casos por 100 mil habitantes); no período pré-pandemia (2015-2019), 10,8% dos municípios pernambucanos apresentavam taxas de TB menores que 10 por 100 mil habitantes; no período de pandemia (2020), o percentual atingiu 27% e, no período de pandemia (2021), o percentual se encontrava em 17,8%.

Adicionalmente, se permitiu identificar áreas de maior risco na região leste do estado. Além disso, no primeiro ano de pandemia, observou-se redução de 8,5% no número de novos casos de TB e que, no ano de 2021, o estado apresentou ligeiro aumento no número de novas notificações.

Assim, o estudo permitiu concluir que a pandemia de COVID-19 pode ter causado redução no número de notificações de novos casos de TB no estado pernambucano.

 

Acesse o trabalho completo em: https://www.mdpi.com/2487094