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Segunda Edição do Curso de Escrita Científica foca na Produção Acadêmica e Ferramentas de Inteligência Artificial
Petrolina (PE), 17 de junho de 2025 — A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), campus Petrolina, sediou nos dias 09, 10, 16 e 17 de junho a segunda edição do Curso de Escrita Científica, reunindo estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores interessados em aprimorar suas práticas de produção acadêmica. O curso foi ministrado pelo professor Dr. Carlos Dornels e pelo doutorando em Ciências da Saúde e Biológicas (PPGCSB) Adeilton Júnior, com aulas realizadas no auditório da biblioteca do campus.
Promovida em parceria pelo Observatório de Análise Situacional de Saúde (OASIS), Diretório Acadêmico de Medicina da Univasf (Damuni), Liga de Infectologia (Infectoliga) e Grupo de Pesquisa em Doenças Infecciosas e Negligenciadas (GPDIN), a iniciativa reafirma o compromisso desses grupos com a formação científica de excelência.
Durante a abertura do curso, o professor Dr. Carlos Dornels destacou a importância da produção acadêmica no contexto universitário e científico. Além de apresentar os diversos tipos de artigos que podem ser desenvolvidos — como artigos originais, revisões sistemáticas e relatos de caso —, Dornels conduziu uma imersão nos principais elementos de um artigo científico, abordando de forma didática as etapas de construção da introdução, objetivos, métodos, resultados, discussão e referências. Ele também alertou os participantes sobre os riscos de publicação em revistas predatórias, que comprometem a credibilidade da pesquisa e a trajetória acadêmica dos autores.
Para Dornels, a escrita científica é fundamental para quem está iniciando na vida acadêmica. “É através dela que compartilhamos conhecimento e contribuímos com a ciência. Este curso é uma porta de entrada para entender como escrever de forma clara, ética e eficiente, usando as ferramentas certas para transformar ideias em publicações relevantes”, destacou.
O doutorando Adeilton Júnior trouxe uma contribuição inovadora ao curso ao focar no uso da inteligência artificial como ferramenta de apoio à pesquisa científica. Ele demonstrou como gerenciar referências com o Zotero, além de apresentar plataformas baseadas em IA que auxiliam em diferentes etapas da produção científica, como o Research Rabbit, voltado para mapeamento bibliográfico; o Manus, que ajuda na estruturação de manuscritos; e outras soluções que vêm transformando o cotidiano de pesquisadores.
Júnior destacou que a inteligência artificial pode ser uma grande aliada na escrita científica, mas seu uso exige responsabilidade. “É fundamental entender que essas ferramentas devem apoiar o pesquisador, e não substituir sua análise crítica ou autoria. Usar IA de forma ética significa manter a transparência, garantir a originalidade do trabalho e respeitar os princípios da integridade científica”, alertou.
Além do conteúdo técnico, os participantes puderam interagir, trocar experiências e esclarecer dúvidas sobre estratégias de publicação e seleção de periódicos científicos. O curso também ofereceu espaço para discussão sobre ética na pesquisa e boas práticas na comunicação científica.
Com sala cheia em todos os dias, a segunda edição do curso superou as expectativas e fortaleceu a proposta de uma formação científica crítica, ética e tecnologicamente atualizada. A organização já estuda novas edições, com foco em ampliar o acesso e incorporar novos temas relacionados à ciência aberta, revisão por pares e uso de dados secundários.
