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PRS Caatinga inicia aulas práticas na formação de 600 especialistas em TecABC

Após término do ciclo teórico, Programa de Capacitação leva profissionais a campo para vivenciarem as TecABC

publicado: 08/10/2021 18h00 última modificação: 08/10/2021 18h02

 Programa de Capacitação em Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono do Projeto Rural Sustentável Caatinga (PRS Caatinga), em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), está iniciando a última etapa da formação de 600 profissionais vinculados à produção rural no semiárido, com a realzação de aulas práticas. A previsão é de que a formação seja concluída em dezembro e os novos especialistas passem a apoiar organizações locais na implementação de Arranjos Produtivos Sustentáveis, já no início de 2022 em 37 municípios de cinco estados – Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí e Sergipe.

A iniciativa, que começou em 2020, investe na qualificação de profissionais e organizações prestadoras de serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) como estratégia para fomentar a adoção das tecnologias por pequenos e médios produtores rurais associados a cooperativas e associações produtivas na Caatinga. Os ATERs qualificam sua formação e compartilham os novos saberes com produtores rurais, formando uma rede de conhecimento.

A diversidade de perfis profissionais dos participantes cria um ambiente propício para a implementação das tecnologias agrícolas de baixo carbono (TecABC), que vão além da produção propriamente dita. São profissionais de ATER, gestores, servidores públicos, agentes ambientais, agentes de crédito, experimentadores, práticos e comunidades tradicionais que passam a promover uma agenda climática na Caatinga, fortalecendo o capital social local e as estratégias para a convivência com o semiárido.

 

 

Boas-vindas de Pedro Leitão, diretor do PRS Caatinga

 

“O objetivo é chegar na ponta, na propriedade, no pequeno agricultor, e levar esses novos conhecimentos mostrando para  eles como as tecnologias de baixo carbono se dão na prática. Com o apoio às organizações estamos oferecendo assistência técnica qualificada”, disse Pedro Leitão, diretor do PRS Caatinga.

 

Programação

As aulas práticas contam com visitas a instituições como o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), além de intercâmbios sobre tecnologias sociais como fogões agroecológicos e biodigestores, entre outros.

Outras atividades serão realizadas no Espaço Plural, sede dos Programas de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) e em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT) e outros programas de extensão, localizado no bairro Malhada da Areia, em Juazeiro (BA). Suas instalações foram recentemente reformadas com recursos da Univasf e do PRS Caatinga. O prédio principal conta cinco salas de aula, auditório, biblioteca, laboratório de informática, brinquedoteca, copa e refeitório. Além disso oferece alojamento para 90 pessoas.

Todas as atividades são coordenadas por professores da UNIVASF e seguem os protocolos de biosegurança em relação a não contaminação pelo coronavirus com a comprovação, por parte de todos os alunos da imunização com duas doses da vacina, além do distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel.

 

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Entrada do Espaço Plural – Divulgação UNIVASF

 

Institucionalização das TecABC na UNIVASF

 

Profa Lúcia Marisy, coordenadora pedagógica do curso de especialização

Por meio da parceria com a UNIVASF, o PRS Caatinga ofereceu curso de especialização “Tecnologias de Baixa Emissão de Carbono: Fortalecendo a Convivência com o Semiárido” para os primeiros 600 alunos. Agora o curso se torna uma oferta permanente da universidade, entrando em sua grade curricular e permitindo a qualificação continuada em TecABC na Caatinga.

De acordo com a Pró-Reitora de Extensão da UNIVASF e coordenadora pedagógica do curso, professora Lúcia Marisy, a preocupação foi estabelecer uma metodologia que contemplasse teoria e prática. Mercado, produção, organização, reuso de água, tecnologias de baixo carbono, Arranjos Produtivos Locais (APLs), financiamentos, entre outros temas, estão no roteiro das aulas.

 

– A partir de 2022, todos os alunos estarão aptos para o ingresso no mercado de Agricultura de Baixo Carbono. Um legado mais do que fundamental para a sociedade que precisa manter os níveis controlados de carbono. A inclusão das Tecnologias de Baixo Carbono no currículo do curso de Mestrado Profissional e Extensão Rural já é uma realidade. Reconhecemos a importância da formação dos nossos extensionistas nessa habilidade, com impacto significativo junto aos agricultores familiares e sobretudo em prol da conservação do planeta –, enfatizou Lúcia.