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Pesquisador que descreveu nova espécie de serpente 'Thamnodynastes' contou com colaboração do Cemafauna Caatinga

publicado: 18/08/2017 16h57 última modificação: 18/08/2017 16h57
Jaquelyne Costa/Ascom Cemafauna
Helânio Pergentino Trabalho sobre nova espécie de serpente foi publicado por revista alemã.

Trabalho sobre nova espécie de serpente foi publicado por revista alemã.

Em 2012, o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) recebeu a visita do pesquisador Francisco Luis Franco, do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, que veio participar da Semana de Biologia na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e também consultar a Coleção de Herpetologia do Centro.

Nessa oportunidade, o pesquisador verificou a presença de um exemplar de serpente do gênero Thamnodynastes, sobre o qual já estava dedicando alguns anos na descrição da espécie. O Cemafauna doou o indivíduo para o Instituto Butantan que em março de 2010 sofreu um grave incêndio que destruiu 90% da Coleção Herpetológica “Alphonse Richard Hoge”, atingindo grande parte do material biológico da série-tipo, incluindo o holótipo (indivíduo que é utilizado para descrição das características da espécie) estudado por Franco, sendo resgatados somente alguns espécimes, incluindo dois parátipos. Daí a nomenclatura Thamnodynastes phoenix, uma alusão à ave mitológica que morre em combustão e renasce das próprias cinzas.

O município de Petrolina, interior de Pernambuco, especificamente o Campus de Ciências Agrárias da Univasf ficou designado como a localidade tipo dessa espécie que tem uma ampla ocorrência nas áreas abertas do semiárido nordestino.

O trabalho intitulado “A new species of Thamnodynastes from the open áreas of central and northeastern Brazil (Serpentes: Dipsadidae: Tachymenini)” foi divulgado nessa terça-feira (15) na Revista Salamandra, uma publicação da Alemanha.

“Franco ficou muito surpreso com a possibilidade de utilizar um indivíduo que nós tínhamos disponível no Cemafauna, por conta das técnicas que ele iria preparar para a identificação da espécie. Então, o indivíduo que tínhamos aqui foi fundamental para que o pesquisador pudesse concluir seu estudo e designá-lo como holótipo da espécie”, afirmou o professor Leonardo Ribeiro, curador da Coleção de Herpetologia do Cemafauna.