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1º Congresso Internacional sobre Mudanças Climáticas e suas Consequências em Territórios Semiáridos começou (20) ontem no Campus Juazeiro

publicado: 21/08/2024 15h44 última modificação: 21/08/2024 15h47


A cerimônia de abertura foi realizada no auditório principal do Complexo Multieventos.

Com o objetivo de, por meio da Educação Ambiental e da conscientização acerca da realidade trazida pelas mudanças climáticas, contribuir para a reflexão sobre a convivência com a região semiárida do Brasil, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realiza o 1º Congresso Internacional sobre Mudanças Climáticas e suas Consequências em Territórios Semiáridos (CIMCCTS). A abertura do evento ocorreu ontem (20), com mesa política, conferência e apresentações culturais, no Complexo Multieventos, localizado no Campus Juazeiro. O Congresso integra a programação dos 20 anos da Univasf e é organizado pelos Programas de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT) e em Extensão Rural (PPGExR), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) do Governo do Estado da Bahia.

A programação começou com a apresentação cultural da Orquestra de Câmara Som do Coração e, em seguida, com a composição da mesa política, que contou com representantes de diversas instituições. Entre os integrantes do dispositivo de honra estavam: o reitor da Univasf, Telio Nobre Leite; a vice-reitora Lucia Marisy de Oliveira; a presidente do 1º CIMCCTS e coordenadora do PPGADT/Univasf, Yariadner Costa Brito Spinelli; o coordenador do PPGExR e vice-presidente do 1º CIMCCTS, Vanderlei Souza Carvalho; a diretora do Campus III da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Gertrudes Macário de Oliveira; a chefe geral e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maria Auxiliadora Coelho; a gerente executiva da Célula de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, Marilda Galindo; o pró-reitor de Ensino do IFSertãoPE, Rafael Aquino; o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, Tiago Porto; e o gerente da 3ª Superintendência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) em Petrolina (PE), Elijalma Bezerra.

A conferência de abertura foi ministrada pelo representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Jorge Alberto Meza Robayo, que falou sobre Mudança Climática, Agricultura e Segurança Alimentar; e pelo diretor do Programa Sustentável Rural Caatinga (PRS Caatinga), Pedro Wilson Leitão Filho, que abordou as consequências das mudanças climáticas na Caatinga e destacou ações realizadas no PRS Caatinga para o uso de tecnologias agrícolas adaptadas ao semiárido. “As mudanças nos padrões climáticos ameaçam a produção de alimentos, pois afetam os agroecossistemas e, consequentemente, a produção agrícola. São afetados a disponibilidade dos alimentos, a estabilidade, o acesso físico e econômico e a nutrição. Entre as ações que podem ser implementadas no setor agrícola para mitigar esses impactos, estão a redução do desmatamento, o aumento da área sob cobertura florestal, a diminuição de incêndios e da erosão do solo, e a reciclagem dos resíduos das culturas”, declarou Jorge Alberto Meza Robayo.

Durante a abertura, a vice-reitora Lucia Marisy destacou as consequências da mudança climática no Semiárido. “É importante estarmos aqui discutindo uma temática que preocupa o mundo inteiro. Com as mudanças climáticas, a agricultura e a pecuária poderão ser muito mais prejudicadas, com a redução da produção de alimentos e a consequente elevação de seus preços. Diante deste quadro, os mais afetados são as populações pobres, negras e periféricas, além dos territórios tradicionais. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a caatinga poderá ter uma redução de até 40% nas chuvas, o que pode levar a perdas significativas de espécies vegetais e animais”, afirmou.

O reitor Telio Leite falou sobre a importância de discutir a temática dentro da Universidade. “Avançar no conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas em nosso território é uma ação extremamente estratégica. Além disso, é importante realizar pesquisas que busquem entender melhor o impacto dessas mudanças na fauna e na flora do bioma Caatinga, bem como como elas afetam a população que vive nessa região. A realização deste Congresso representa o compromisso da Universidade com a discussão do tema”, ressaltou o reitor.

O 1º CIMCCTS segue até esta sexta-feira (23) com mesas-redondas, palestras, conferências, oficinas e apresentações de trabalhos acadêmicos. O evento contará com palestrantes da Índia, Turquia e México, que abordarão os impactos das mudanças climáticas em diversos âmbitos.