Não basta realizar um serviço de qualidade. As ações oferecidas à comunidade têm que ser inclusivas a todos. Pensando nisto, o Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) passou a oferecer seus serviços também na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A novidade teve início no final de julho e conta com a colaboração do Núcleo de Práticas Sociais e Inclusivas (NPSI) da Univasf.

Vinculado ao Colegiado de Farmácia e ao Núcleo de Estudos em Farmácia Social (NEFarmS) da Univasf, o CIM tem a função de esclarecer dúvidas da população e dos profissionais de saúde sobre medicamentos, a fim de contribuir para seu uso racional. Os atendimentos em Libras são realizados por quatro estudantes voluntários, um do curso de Medicina e três de Farmácia, que já possuem entendimento prévio da língua. Há também mais três estudantes fazendo o curso básico de Libras e a ideia é capacitar toda a equipe do CIM, que conta com dez pessoas atuando diretamente no projeto.

De acordo com a coordenadora do CIM, professora Deuzilane Muniz Nunes, houve uma oficina na Língua Brasileira de Sinais sobre o uso racional de medicamentos, que aconteceu em agosto com a presença de 11 surdos. “Foi a primeira vez que um momento de educação em saúde do CIM foi promovido diretamente aos surdos na Universidade”, destaca Deuzilane. Na ocasião, os participantes tiveram acesso a muitas orientações e puderam esclarecer dúvidas sobre o uso correto de medicamentos. 

A ideia de adotar a comunicação em Libras surgiu durante a Campanha pelo Uso Racional de Medicamentos, promovida pelo CIM em 2016. A Campanha seguinte, realizada em maio deste ano, já aconteceu com a participação de um intérprete de Libras e desde então o CIM começou a se preparar para atender diariamente à comunidade surda. Deuzilane afirma que mais adequações inclusivas deverão ser realizadas futuramente.

“Somos um Centro de Informação sobre Medicamentos que funciona dentro de uma Universidade pública e precisamos garantir acesso a todos em nossos serviços. Com essa prática, não só promovemos aos surdos uma forma de informação em saúde acessível, mas também sensibilizamos nossos futuros profissionais de saúde para o cuidado em saúde com inclusão”, ressalta.

Projeto de extensão criado em 2015, o CIM funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, no 1º andar do prédio de Laboratórios do Campus Sede da Univasf, em Petrolina (PE). Também presta atendimento ao público pelo telefone (87) 2101-6877, pelo WhatsApp (87) 99108-5137, por meio do qual os surdos podem mandar vídeos com suas dúvidas, e pelo e-mail cim@univasf.edu.br. Outras informações podem ser obtidas no site do CIM.