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Cinco docentes da Univasf estão entre os dez mil cientistas mais influentes da América Latina

publicado: 13/10/2021 16h36 última modificação: 14/10/2021 17h59
Júlia R. Mendes

Entre os dez mil cientistas mais influentes da América Latina listados no ranking AD Scientific Index 2021 estão cinco docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O ranking leva em consideração citações no Google Acadêmico e trabalhos realizados pelos cientistas nos últimos cinco anos. Os professores foram notabilizados pelos trabalhos nas áreas de Farmácia e Química de Produtos Naturais, Física, Biotecnologia e Medicina Veterinária.

No ranking, os professores destacados são Alexandre Redson e Maurício Horta, do Colegiado de Medicina Veterinária (CMVET); Helinando Pequeno de Oliveira, do Colegiado de Engenharia Elétrica (Cenel); Jackson Guedes e Xirley Pereira Nunes, ambos do Colegiado de Farmácia (CFarm). Embora possua cinco pesquisadores presentes na classificação, apenas quatro aparecem no ranking vinculados à Univasf. Em seus dados do Google Acadêmico, o professor Alexandre Redson ainda aparece vinculado à Universidade Estadual Paulista (Unesp) “Júlio de Mesquita Filho”. Por este motivo, a Univasf consta na 201ª posição entre as 453 instituições latino-americanas evidenciadas por número de pesquisadores presentes no ranking.

O AD Scientific Index leva em conta o desempenho científico e o valor agregado da produção individual dos pesquisadores. A classificação ocorre de acordo com o número de vezes que um artigo é citado, equivalente às pontuações dos índices h, e estudos científicos que receberam 10 ou mais citações (i10), além do número total dos últimos cinco anos. O ranking AD Scientific Index está disponível neste link.

De acordo com o professor do CMVET Alexandre Redson, esse resultado mostra que as pesquisas da Universidade estão no caminho certo, ajudando a desenvolver a ciência e a impactar na sociedade. “Para mim não se trata apenas do nome listado, mas poder atuar em uma área sensível para a sociedade, que é a saúde. Apesar de ser um pesquisador jovem, tivemos essa oportunidade. Esse reconhecimento renova as energias e nos faz seguir sempre em frente, com o apoio dos nossos grupos de estudo, a Univasf, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus Botucatu e campus Araçatuba, Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e Universidade Federal de Jataí (UFJ)”.

Redson é graduado em Medicina Veterinária, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Possui residência em Radiologia Veterinária, mestrado em Ciência Animal e doutorado em Biotecnologia Animal, na área de concentração em Diagnóstico por Imagem, pelas Faculdades de Medicina Veterinária (FMVA) e Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp. Também é professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias no Semiárido (PPGCVS) e diretor interino da Clínica Veterinária Universitária.

O docente do Cenel Helinando Pequeno de Oliveira, conta que a sensação de estar entre esses nomes é muito boa, especialmente por saber que esta história foi construída no semiárido nestes últimos 17 anos. “Considero um marco importante para indicar que estamos no caminho certo, com necessidades de reforçar o ensino público, gratuito e de qualidade, e de integrar cada vez mais a pesquisa e a extensão com os anseios de nossa população”, declara.

Oliveira desenvolve pesquisas com ênfase em propriedades elétricas de polímeros condutores e nanoestruturas orgânicas, com aplicações em sensores, supercapacitores, adsorventes, células combustível biológicas e agentes antibacterianos. É graduado em Engenharia Eletrônica, mestre e doutor em Física, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Também coordena as atividades do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (Leimo) da Univasf, é membro da Academia Pernambucana de Ciências, coordenou o Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos primeiros anos de implantação e foi pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, entre 2012 e 2016.

Segundo o professor do CFarm Jackson Guedes, estar entre os nomes do ranking é o reconhecimento de um trabalho que vem sendo feito com muita qualidade, apesar das condições ainda não serem as ideais. “Ao longo desse período, tivemos vários desafios. Conseguimos iniciar os primeiros projetos de pesquisa praticamente sem ter estrutura, com a universidade ainda em implantação. Mas os resultados foram sendo obtidos ao longo dos anos e isso contribuiu para melhorar a produção científica do nosso grupo”.

O docente é farmacêutico formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com mestrado e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela mesma instituição. Tem pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (USP) e é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível 1D, na área de Farmácia. Atualmente, coordena diversos projetos de pesquisa nas áreas de Química e Farmacologia de Produtos Naturais.

Para o docente do CMVET Maurício Horta, receber a notícia de que está presente no ranking foi uma imensa alegria e satisfação. “É um reconhecimento que nos ajuda a lembrar que estamos no caminho certo e não podemos desistir jamais das nossas metas e sonhos”, ressalta. Ele destaca que essa vitória não é individual. “Todos que contribuíram direta ou indiretamente merecem também o devido reconhecimento. Nossos orientados de iniciação científica, mestrandos, doutorandos, além da parceria com professores e pesquisadores da Univasf e de outras instituições do país. Todo projeto e artigo publicado é resultado de um esforço em equipe”.

Horta é médico veterinário pela Universidade Paulista (Unip). Possui residência em Medicina Veterinária Preventiva, mestrado, doutorado e pós-doutorado em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). É bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), coordenador do Núcleo de Estudos em Zoonoses do Vale do São Francisco (Nezoon) e atua na Univasf desde 2009. O professor também faz parte do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias do Semiárido e do Programa de Pós-Graduação em Biociências Animal, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

A professora do Cfarm Xirley Pereira Nunes aponta que estar entre os dez mil pesquisadores mais influentes significa notoriedade a um trabalho exercido durante anos. “Estar nessa lista representa elevar o nome da ciência brasileira, principalmente a ciência nordestina dando visibilidade às pesquisas realizadas com as espécies vegetais nativas do bioma caatinga”, destaca.

A professora possui graduação em Farmácia, mestrado e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). É docente da Pós-Graduação em Biociências e colaboradora nos programas Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) e Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), da Univasf. Compõe o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Farmácia e já foi coordenadora da Pós-Graduação em Biociências. Atua principalmente com Farmacoquímica, Fitoquímica, Metabólitos Secundários de Plantas do Nordeste Brasileiro, Fitoterapia, Etnofarmacologia, Saúde Pública e Farmácia Viva.