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Egressos do curso de Farmácia da Univasf cursam doutorado na França

publicado: 13/12/2023 13h42 última modificação: 13/12/2023 13h42


Raimundo de Oliveira Júnior em sua primeira aula como docente da Universidade Paris Cité. / Fotos: Arquivo dos pesquisadores.

Na busca por ampliar seus horizontes acadêmicos, egressos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) escolheram a França como destino para cursar seus doutorados. Os farmacêuticos Cintia Emi Yanaguibashi Leal e Luiz Antônio Miranda de Souza Duarte Filho estão cursando programas de doutorado em instituições francesas, nas áreas de Química Computacional e Teórica e em Química de Substâncias Naturais, respectivamente.

Os doutorandos compartilham trajetórias acadêmicas parecidas. Além de terem concluído a graduação na Univasf, ambos são egressos do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade. Atualmente, Cintia Leal, que entrou para o Programa de Química Computacional e Teórica este ano, está na Escola de Doutorado em Ciências, Tecnologias e Saúde, da Universidade de Picardie Jules Verne. Já Luiz Antônio Miranda há dois anos faz parte do Programa de Doutorado da Universidade de La Rochelle, que possui um acordo de cooperação com a Univasf.

Durante a graduação, os pesquisadores participaram de projetos de Iniciação Científica (IC) e de extensão. Cinthia desenvolveu atividades acadêmicas que contribuíram com a sua inserção no âmbito da pesquisa e facilitaram seu ingresso na pós-graduação. “Acredito que a IC, como o próprio nome já diz, introduz você no mundo da pesquisa. Você pode descobrir áreas e adquirir maturidade científica. Então, o aluno que vem desse ambiente já tem uma desenvoltura completamente diferente nos programas de pós-graduação”, ressalta.

Cursar doutorado em um país estrangeiro é uma oportunidade de crescimento acadêmico e pessoal, mas aprender um novo idioma e se adaptar a novas culturas podem ser um desafio, na opinião de Luiz Antônio Miranda. Ele conta que, no início, teve bastante dificuldade por não falar francês e por passar a trabalhar no doutorado em uma técnica nova na universidade francesa. “Fazer doutorado na França tem sido ao mesmo tempo bastante desafiador e gratificante. Desafiador pela questão do idioma, principalmente no começo. E gratificante por ver como o Brasil forma bons pesquisadores, pois não ficamos para trás em vários sentidos e setores”, relata ele.

Cintia e Miranda não foram os primeiros egressos da Univasf a ir para a França. O farmacêutico Raimundo Gonçalves de Oliveira Júnior, formado pela Instituição, cursou o doutorado em Aspects Moléculaires et Cellulaires de la Biologie, na Universidade de La Rochelle. Hoje, ele é professor efetivo da Universidade Paris Cité. “É uma experiência desafiadora, mas ao mesmo tempo gratificante. São sistemas de ensino diferentes e que, portanto, requerem competências diferentes que tive que desenvolver”, conta Oliveira Júnior, que também atuou como professor substituto do Colegiado de Medicina da Univasf.

A trajetória dos egressos e suas aprovações em universidades estrangeiras renomadas destacam a importância de investimentos na formação de profissionais capazes de competir e contribuir para a ciência em qualquer lugar do mundo. É o que frisa o docente do Colegiado de Farmácia (Cfarm) da Univasf, Jackson Guedes, pois os egressos foram aprovados em universidades tradicionais da Europa, com concorrência de candidatos de vários países. “Para que nossos alunos conseguissem vagas nessas universidades foram muito bem preparados e formados, com uma trajetória acadêmica que realmente fez com que eles estivessem aptos a estarem em universidades estrangeiras”, ressalta o professor.