Estudantes intercambistas compartilharam experiências internacionais em encontro. 

O auditório da biblioteca do Campus Sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ganhou cores alegres, música, diferentes culturas e idiomas no 1º Encontro de Intercambistas da Univasf, que aconteceu na noite da última terça-feira (9). Estudantes de Angola, Moçambique, Bolívia e Itália compartilharam suas experiências como intercambistas na Univasf. E estudantes da Univasf que estão em mobilidade internacional ou participaram de intercâmbio recentemente também contaram suas vivências em outros países.

O evento foi realizado pela Assessoria de Relações Internacionais (ARI) e o Núcleo de Línguas (NucLi) da Univasf com apoio da Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (Proex). A programação teve início com uma dinâmica organizada pelo coordenador do NucLi e coordenador geral do evento, Nicola Andrian, na qual os participantes demonstraram formas de cumprimento típicas de seus países de origem e dos países já visitados.

Professor Delmondes falou sobre projeto Enfer-Sul.

O coordenador da Rede Enfer-Sul e professor do Colegiado de Enfermagem, Gyllyandeson de Araújo Delmondes, apresentou o Programa de Mobilidade Acadêmica Regional para Cursos Acreditados (Marca), que conecta universidades do Mercosul. Por este programa, os estudantes de Enfermagem Jairo Pessoa da Silva e Tiago Souza Leite participam de mobilidade acadêmica na Universidade de Tolima, na Colômbia, e a estudante da Universidade Evangélica Boliviana (UEB) Adriana Ávila faz intercâmbio na Univasf. Jairo Pessoa e Tiago Souza participaram do 1º Encontro de Intercambistas de forma remota e contaram um pouco sobre esses meses de estudo na universidade colombiana.

Intercambistas de Angola apresentaram seu país, cultura e tradições.

Vestidos com roupas típicas, os angolanos Neusa Domingos Manuel, Gaspar André Pedro Garcia, Paulo Inocêncio e Nelson Corino Narciso Tiago, que estão cursando Residência em Intensivismo no Hospital Universitário (HU-Univasf), pelo Projeto de Formação de Recursos Humanos do Ministério da Saúde de Angola, apresentaram seu país, comidas típicas e hábitos alimentares, sua cultura e sua dança. Também compartilharam um pouco sobre a experiência no curso que estão fazendo e a rotina no Brasil.

Já o doutorando em Ciência Animal Joanigo Fernando Simão, de Moçambique, declamou as belezas e a saudade que sente de seu país por meio de um poema. Ele já cursou o mestrado em Ciência Animal na Univasf, após passar pelo processo seletivo regular da pós-graduação, e permanece no programa, agora no doutorado, com a orientação do professor Mário Queiroz, a quem o estudante agradeceu por toda atenção e incentivo. “Não me considero intercambista, mas me sinto feliz por fazer parte desse momento, porque posso servir como exemplo para outros estudantes. Participei do processo seletivo para o mestrado e fui aprovado. Fiz o mestrado. Atualmente faço o doutorado e me inscrevi para fazer mobilidade nos Estados Unidos, para ter outra experiência em um doutorado sanduíche e espero que dê certo”, contou.

Nicola Andrian informou que outras ações acontecerão no próximo ano.

Os participantes do evento também assistiram aos relatos dos estudantes Iasmin Soares dos Santo, de Ecologia, e Adriano Borges Vieira da Silva, de Geografia, ambos do Campus Senhor do Bonfim. Eles participaram, no final de outubro, de um intercâmbio acadêmico na Universidade Nacional de Assunção (UNA), em San Lorenzo, Paraguai, onde ministraram uma oficina. Durante a viagem, compartilharam ações realizadas e conhecimentos adquiridos no âmbito do Programa Águas da Serra, coordenado pelo professor Gustavo Hees de Negreiros, do Colegiado de Geografia, que também esteve presente ao 1º Encontro de Intercambistas da Univasf.

O evento teve ainda a participação de cinco estudantes italianos que cursam Pedagogia e Psicologia e estão no Vale do São Francisco para fazer estágio e vivenciar outra cultura. Eles falaram sobre suas experiências em diversos órgãos e entidades de Petrolina e Juazeiro. Seguindo o clima italiano, o encontro foi encerrado com música italiana, em voz e violão, apresentada pelo coordenador do NucLi, Nicola Andrian. Ele destacou que este foi o primeiro evento a reunir estudantes com experiência em intercâmbio internacional na Univasf e adiantou que em 2026 a ARI e o NucLi desenvolverão outras atividades voltadas à internacionalização.