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Equipe Baajatinga da Univasf ficou em 4º lugar na Regional Nordeste da Baja SAE Brasil
O veículo off-road desenvolvido pela Baajatinga, equipe composta por estudantes de cursos de Engenharia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), competiu entre os dias 10 e 12 de novembro na etapa Regional Nordeste da Baja SAE Brasil. Esta é uma competição organizada pela SAE Brasil, associação sem fins lucrativos formada por engenheiros, técnicos e executivos. Este ano, a Regional Nordeste foi realizada em Salvador (BA) e contou com 18 equipes, de seis estados da região, além do Distrito Federal. A Baajatinga da Univasf disputou com o carro BJT05 e terminou a competição no quarto lugar geral, além de ter sido a melhor equipe na prova que avaliou a tração dos veículos.
Os carros off-road são caracterizados por sua preparação para enfrentar percursos de difícil acesso. Anualmente, a Baja SAE Brasil desafia estudantes universitários a aplicarem seus conhecimentos em Engenharia, através da concepção de um veículo, elaboração do projeto, construção e realização de testes. Nesta edição, os carros passaram por diferentes etapas de avaliação. Primeiro, foram analisados a apresentação dos projetos, os custos, a manutenção, a segurança e o conforto, que renderam, provisoriamente, a quarta posição geral à Baajatinga. As provas seguintes foram de frenagem, capacidade de tração – na qual a equipe conseguiu o primeiro lugar –, suspensão e tração e arrancada. Ao final do segundo dia, o BJT05 estava entre os três melhores da competição.
A última prova da etapa regional da Baja SAE Brasil foi a de enduro. Os carros precisavam percorrer um circuito durante um intervalo de três horas. Aquele que conseguisse dar mais voltas seria o vencedor. O professor do Colegiado de Engenharia Mecânica (CENMEC) da Univasf e coordenador da Baajatinga, Alan Dantas, relata que um dos trechos obrigava os veículos a passarem por uma poça de barro. Nesse momento, entrou água no motor do BJT05, que precisou ficar muito tempo parado enquanto passava por conserto. Por isso, a equipe não conseguiu um número suficiente de voltas em comparação às concorrentes.
A meta inicial da Baajatinga era terminar no pódio da competição. Porém, após a prova de enduro, a equipe ficou com o quarto lugar geral. Ainda assim, Dantas acredita que esta colocação foi fruto de fatores externos aos esforços da equipe. “O nosso carro estava muito bom, mas você nunca sabe quais adversidades que poderão surgir”, afirma o coordenador.
De acordo com Laura Castro, estudante de Engenharia Mecânica e uma das líderes da Baajatinga, embora a colocação não tenha sido a desejada, a avaliação do desempenho do grupo é positiva. “A gente viu o que tem que melhorar e o que precisaria ter conseguido para ficar no pódio. Além disso, metade da equipe entrou há pouco tempo e já evoluiu muito rápido”, comenta. Laura também conta que o próximo passo da Baajatinga será a disputa da etapa nacional da Baja SAE Brasil, em fevereiro de 2018. O objetivo é terminar entre as quinze primeiras equipes.
O projeto – A Baajatinga nasceu em 2008, após a chegada do professor Alan Dantas à Univasf. Ele já havia participado de um projeto semelhante durante a graduação e quis reproduzir a experiência na Universidade. A primeira competição disputada pela equipe foi a etapa Nacional da Baja SAE Brasil, em 2010. Desde então, a Baajatinga disputou todas as edições da Regional Nordeste. Segundo Dantas, porém, o maior objetivo do projeto não é construir um carro para competir, mas permitir aos alunos a simulação de uma situação de trabalho real dentro da Univasf.
Atualmente, a equipe é formada por 26 estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica, de Produção e da Computação. Além do professor Alan Dantas, também coordenam o grupo José Bismark de Medeiros e Marcos da Silva Irmão, ambos docentes do CENMEC, e Jadsonlee Sá, do Colegiado de Engenharia da Computação.
Para Laura Castro, participar da Baajatinga é uma oportunidade de conseguir aplicar a Engenharia muito além do que é visto na graduação. “Enquanto equipe, também é importante para aprender gestão de pessoas, gestão de conhecimento, liderança e alta performance, além de ter um embasamento pessoal e profissional para o mercado de trabalho”, afirma a estudante.
Segundo Dantas, outros benefícios para os alunos com a participação no projeto são o aprofundamento em quesitos da Engenharia Automotiva e a criação de uma rede de contatos entre os discentes e as empresas. Além disso, a Univasf também se beneficia. “Os alunos que participam de forma ativa normalmente estão muito bem empregados, o que ajuda muito a levar o nome da Universidade para a sociedade”, afirma o professor.