Equipe Cactus Rockets e os protótipos de foguetes construídas pelo grupo.

Ponto culminante, auge, ápice são alguns sinônimos para apogeu, termo utilizado para designar a altura máxima que os protótipos de foguetes poderão alcançar durante a Latin American Space Challenge (LASC) 2023, competição experimental de engenharia de foguetes e satélites da América Latina. A equipe Cactus Rockets Design da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) participará pela terceira vez do evento, que nesta edição ocorrerá entre os dias 24 e 27 de agosto, em Tatuí (SP). Neste ano, a Cactus Rockets irá concorrer em duas categorias, com os projetos “Marie” e “Pierre”, foguetes de 0,5 e 1 quilômetro, respectivamente, nomeados em homenagem aos cientistas Marie Curie e Pierre Curie.

Na competição do ano passado, a equipe da Univasf ficou em 3º lugar na categoria 0,5 quilômetro de apogeu com o foguete Galileu-02, sendo o único time nordestino na categoria. A Cactus Rockets participou também da competição em 2021, mas apenas com o envio do projeto, sem realizar o lançamento do protótipo. Para esta edição, o grupo aperfeiçoou pontos técnicos, trazendo melhorias em relação ao projeto do ano passado.

“Entre todos os pontos, evoluímos significativamente nos materiais utilizados como peças feitas em resina ABS-Like através da manufatura aditiva (impressão 3D). Estas peças permitem alcançar acabamentos melhores, redução de massa e manter a resistência mecânica necessária para a realização da missão”, afirma o diretor técnico da Cactus Rockets, João Pedro Pereira Monteiro, discente do curso de Engenharia Mecânica. A equipe do projeto é composta por 31 estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica, de Produção e da Computação e por três professores do Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec), a coordenadora Edna Santiago Benta, Henrique Takashi Idogava e José Bismark de Medeiros.

O projeto Cactus Rockets Design é dividido em cinco subsistemas: o de propulsão, que desenvolve o motor do foguete com a propulsão necessária para ele atingir seu apogeu; o de estrutura e aerodinâmica, que tem a responsabilidade de desenvolver o corpo do foguete; o de recuperação, responsável pela parte eletrônica que ativa o paraquedas para resgatar o foguete com segurança; o de eletrônica, subsistema que coleta os dados e ativação do sistema de recuperação, com base na variação de pressão. Além disso, a equipe ainda possui o setor GMF, que é a parte administrativa e engloba a gestão, o marketing e o financeiro.

O grupo está otimista para a competição deste ano e espera superar o desempenho de 2022. “As expectativas são as melhores possíveis, já que em relação ao ano passado, nossa equipe cresceu bastante e o conhecimento técnico também, desse modo, após a realização de todos os cálculos e testes ao longo desse ano, esperamos uma performance muito melhor que a do ano passado”, diz o diretor de Regulamentação, o estudante Mateus Soares Rosa Oliveira, do curso de Engenharia Mecânica.

Cactus Rockets Design – Fundada em 2019 por estudantes do curso de Engenharia Mecânica da Univasf, a Cactus Rockets Design é resultado de um projeto de extensão que tem como objetivo a construção de foguetes modelo a fim de participar de competições nacionais e internacionais. A iniciativa busca desenvolver e aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos no decorrer da graduação, elaborando pesquisas e projetos na área aeroespacial. Mais informações sobre a Cactus Rockets Design podem ser encontradas no Instagram.