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Equipe TATUBOTz da Univasf se destaca em competição nacional de robótica

publicado: 11/04/2025 15h39 última modificação: 11/04/2025 15h49


A equipe é formada por estudantes das engenharias Mecânica, Elétrica, de Computação, Engenharia Agrícola e Ambiental e de Produção.

A Equipe Multidisciplinar de Robótica TATUBOTz, um projeto de extensão vinculado ao Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), marcou presença na 9ª edição da Inatel Robotics National Cup (IronCup), organizada pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e realizada em Santa Rita do Sapucaí (MG), em fevereiro, alcançando um bom desempenho em sua primeira competição. O grupo, que é a primeira equipe de robótica universitária da região do Vale do São Francisco, obteve a 16ª colocação na categoria Sumô RC 500g, com os robôs Fuleco (TBZ001) e Tamborete de Forró (TBZ003), disputando com 64 equipes. A IronCup reúne equipes de universidades e instituições de ensino superior para competir em modalidades como sumô, futebol de robôs e outros desafios tecnológicos.

Composta por estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Computação, Engenharia Agrícola e Ambiental e Engenharia de Produção, e coordenada pelo professor Aníbal Livramento da Silva Netto, do Cenmec, a TATUBOTz também conquistou, com seus robôs sumô, as 77ª e 96ª posições no ranking internacional da competição, superando diversas equipes de países como Colômbia, México e Venezuela.

A modalidade de Sumô na robótica tem como principal referência o tradicional esporte japonês, seguindo normas baseadas nessa prática. Nessa competição, dois robôs disputam dentro de uma arena circular, com o objetivo de empurrar o oponente para fora do espaço de combate, conhecido como dohyō. Para participar, os robôs devem obedecer a critérios específicos de peso e dimensões. Na categoria de 500g, por exemplo, o robô deve se ajustar a uma área de 10x10 cm. Além disso, devem seguir fielmente as regras do sumô japonês, tanto na forma de iniciar a luta quanto na condução do duelo. Os robôs podem ser operados por controle remoto (RC) ou funcionar de maneira totalmente autônoma, o que exige soluções inteligentes relacionadas a movimentação, tração, força e resposta ao adversário.

O sucesso da equipe da Univasf na categoria é fruto  da dedicação dos componentes e da inovação utilizada na produção dos robôs. A equipe fabricou os próprios modelos de chassi e cubos de rodas, o que permitiu otimizar o desempenho dos robôs de acordo com as necessidades específicas da competição. “Utilizamos também microcontroladores não convencionais nos projetos atuais da Univasf, o que representou um avanço significativo na exploração de novas possibilidades tecnológicas. Outro aspecto relevante foi a produção manual das rodas, utilizando borracha de silicone para otimizar a tração e o desempenho nas arenas, especialmente nas competições de sumô”, completou o estudante de Engenharia Mecânica Maicon Barbosa, capitão da equipe.

O coordenador do projeto, Aníbal Netto, ressaltou a importância do bom desempenho na IronCup tanto para a equipe quanto para a Univasf. “Alcançar, em seu primeiro ano de existência, a 16ª colocação na categoria Sumô de Robôs, entre mais de 60 equipes, foi um grande feito, pois nossa equipe conseguiu representar muito bem a Univasf e a região, superando equipes mais experientes, algumas das quais já haviam participado do Mundial de Sumô de Robôs. Essas e outras conquistas abrem novas oportunidades para nossos estudantes, graças à visibilidade alcançada”, afirmou.

O Projeto TATUBOTz

A Equipe Multidisciplinar de Robótica TATUBOTz tem o objetivo de promover e fortalecer o estudo e a aplicação da robótica no Vale do São Francisco através da participação em competições nacionais e internacionais de robótica. Além disso, o projeto visa desenvolver competências como noção de liderança, capacidade de inovação e relacionamento interpessoal, e democratizar o conhecimento relacionado à robótica, compartilhando-o não apenas com a comunidade acadêmica, mas também com o público externo, por exemplo, a partir de visitas a escolas e empresas da região.

Criada em 2024, sob a coordenação de Alan Christie da Silva Dantas, docente do Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec), a TATUBOTz, hoje, é composta pelo atual coordenador Aníbal Netto e por 42 membros, entre alunos efetivos e trainees. A equipe está organizada em cinco setores: Mecânica; Mecatrônica; Eletrônica; Software & IA, que lidam com a criação, montagem e desenvolvimento dos robôs; e Gestão, que se divide em três áreas: Gestão de Pessoas, Marketing e Financeiro.

O nome TATUBOTz tem o intuito de representar a região Nordeste, mais especificamente o bioma Caatinga, por meio do tatu-bola-da-caatinga, animal conhecido por sua grande capacidade de adaptação, em junção com a palavra "BOT", que remete à robótica. Já o "z" faz referência à pluralidade presente em diversos termos da língua inglesa e também à geração inserida no universo da tecnologia: a Geração Z.

O professor Aníbal Netto ressalta a importância do projeto para a formação dos estudantes. “O projeto oferece uma oportunidade prática para aplicar os conceitos aprendidos em sala de aula nas áreas de engenharia, programação e outras disciplinas. A construção de robôs envolve pesquisa em diversas fontes, incentivando os participantes a buscarem soluções inovadoras e a se manterem atualizados sobre os avanços na área”, disse.