Adriana (no centro da foto) foi recepcionada por professores e estudantes do curso de Enfermagem da Univasf.

Entre o calor do Sertão e a acolhida dos brasileiros, a estudante Adriana Ávila trocou, por pouco mais de dois meses, as salas de aula da Universidade Evangélica Boliviana (UEB) pelas do Campus Sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE). A boliviana realiza intercâmbio acadêmico no curso de Enfermagem da instituição por meio do projeto Enfer-Sul: Mobilidade Acadêmica para o Aperfeiçoamento da Formação em Enfermagem na América do Sul, desenvolvido no âmbito do Programa de Mobilidade Acadêmica Regional para Cursos Acreditados (Marca), iniciativa que conecta universidades do Mercosul em uma rede de cooperação voltada à integração e à internacionalização da educação superior.

Adriana, que cursa o segundo ano de Enfermagem, foi recebida pelo reitor Telio Nobre Leite no dia 13 de outubro e permanecerá na Universidade até dezembro. Motivada pelo desejo de viver uma experiência internacional e ampliar sua formação acadêmica, ela escolheu a Univasf como destino do intercâmbio. “O que me motivou foi o desejo de viver uma experiência internacional, conhecer um sistema educacional diferente e enriquecer minha formação como futura enfermeira. Escolhi a Univasf porque tem uma excelente reputação acadêmica e, além disso, eu me sentia muito atraída pela cultura brasileira e pela hospitalidade do seu povo”, conta.

Desde a chegada à Univasf, a estudante destaca o acolhimento recebido por professores e colegas. “A recepção tem sido incrivelmente acolhedora. Os professores têm sido muito compreensivos e sempre dispostos a me ajudar com o idioma e os conteúdos. Meus colegas brasileiros me receberam com muito carinho, o que tornou minha adaptação muito mais fácil e agradável”, comenta.

O reitor Telio Leite recebeu a estudante boliviana.

A adaptação à cultura e ao idioma foi um desafio no início, mas Adriana afirma que rapidamente se sentiu integrada à rotina brasileira. “Adoro a alegria, a hospitalidade e a energia positiva das pessoas. A vida cotidiana aqui é diferente, mas me adaptei muito bem.” Entre as descobertas, ela destaca a vivência universitária e a riqueza cultural do Vale do São Francisco. “O que mais me surpreendeu foi a união entre os estudantes e o ambiente participativo nas atividades acadêmicas. Além disso, adoro como a cultura local valoriza a música e a gastronomia. O Vale do São Francisco tem um encanto especial, com seu povo acolhedor e suas paisagens lindas”, afirma.

Ao refletir sobre o aprendizado que leva do intercâmbio, a estudante ressalta o crescimento profissional e pessoal proporcionado pela vivência internacional. “Levo muitos aprendizados. No âmbito profissional, adquiri novos conhecimentos na área de Enfermagem, mas, acima de tudo, aprendi a ter mais autonomia, empatia e respeito pelas diferenças culturais”.

Para o futuro, Adriana pretende manter vínculos com o Brasil e com a Univasf. “Eu adoraria voltar ao Brasil, talvez para continuar meus estudos. Também quero manter contato com a Univasf, com os professores e amigos que conheci aqui. Esta experiência criou laços muito significativos para mim”, comenta a estudante.

Dois discentes do 9° período do curso de Enfermagem da Univasf também estão vivenciando essa experiência internacional em um país da América do Sul. Jairo Pessoa e Tiago Leite participam da mobilidade acadêmica pelo Programa Marca na Universidad del Tolima, na Colômbia, onde permanecerão até dezembro realizando estágio supervisionado na Unidad Intermedia San Francisco, hospital público municipal de Ibagué.

O coordenador do curso de Enfermagem da Univasf, professor Gyllyandeson de Araújo Delmondes, destaca a importância do intercâmbio para o fortalecimento da cooperação acadêmica e cultural entre os países da América do Sul.“O intercâmbio acadêmico é uma das formas mais efetivas de aproximar culturas, realidades e práticas pedagógicas. Essas experiências favorecem a troca de saberes e fortalecem o compromisso social e ético da formação em saúde, além de promoverem o respeito à diversidade e o entendimento intercultural, pilares essenciais para a integração latino-americana”, destaca.

Ele ressalta ainda que a adesão da Univasf ao Programa Marca representa um avanço significativo na política de internacionalização da instituição.“Para além da mobilidade estudantil e docente, o programa proporciona visibilidade institucional, fortalece redes de cooperação internacional e estimula o aprimoramento da qualidade acadêmica dos cursos participantes. No caso específico do Projeto Enfer-Sul, a parceria com universidades da Bolívia e da Colômbia permite o intercâmbio de metodologias de ensino, práticas em saúde e experiências de extensão comunitária, contribuindo para a formação de profissionais mais críticos, humanos e preparados para atuar em contextos diversos”, conclui.