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Estudo da Univasf sobre linha condutora para tecidos é destaque na Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat)

publicado: 15/06/2018 10h53 última modificação: 15/06/2018 10h53
Jaislane Ribeiro

A ideia inicial era produzir materiais têxteis condutores de energia elétrica. Mas a pesquisa sobre fibras de algodão como um material condutor, desenvolvida por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais (PPGCM), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), tomou outras proporções. O trabalho foi considerado pela Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) o artigo científico de destaque na área de Materiais publicado no Brasil no mês de maio e, por este motivo, ganhou destaque no portal da SBPMat.

O artigo é intitulado Multifunctional Wearable Electronic Textiles Using Cotton Fibers with Polypyrrole and Carbon Nanotubes (Tecidos Eletrônicos Vestíveis Multifuncionais Utilizando Fibras de Algodão com Polímeros e Nanotubos de Carbono) e foi publicado no periódico ACS Applied Materials & Interfaces. O trabalho foi realizado pelos pesquisadores Ravi Moreno Araujo, estudante do Mestrado em Ciência dos Materiais da Univasf; José Jarib Alcaraz, que desenvolveu pós-doc na Univasf; Fernando da Silva, doutorando do Programa de Doutorado em Biotecnologia - Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) e o professor do PPGCM Helinando Oliveira, que orientou a pesquisa.

Desenvolvido no Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais (IPCM), no Campus Juazeiro (BA), o estudo sobre as fibras de algodão modificadas com nanotubos de carbono e polímeros condutores teve início em 2017, através de uma linha de pesquisa sobre eletrônicos e dispositivos flexíveis.

O grupo de pesquisadores chegou a três aplicações para as fibras de algodão: controle da temperatura, armazenamento de energia e propriedades antibacterianas. Os resultados da pesquisa podem trazer inúmeros benefícios para a população, com aplicações especialmente na área de saúde. De acordo o professor Helinando Oliveira, o tecido inteligente pode controlar a temperatura de partes do corpo humano, armazenar energia e a função antibacteriana para inibir o crescimento e a propagação de bactérias.

A revista americana ACS Applied Materials & Interfaces, que publicou o artigo, é um conceituado periódico na área científica, com fator de impacto 7,504. Para Oliveira, o resultado e o reconhecimento deste trabalho são importantes para o incentivo à pesquisa. “Desenvolver essa pesquisa no sertão nordestino é muito relevante. É mostrar que a Universidade chegou ao interior nordestino para promover efetivamente o ensino, a pesquisa e a extensão”, pontua.