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Exposição “Criaturas” entra em cartaz no Campus Senhor do Bonfim
A exposição está em cartaz no primeiro andar do Campus Senhor do Bonfim (BA).
Discutir sobre as intersecções e relações historicamente existentes entre a arte e a ciência. Este é o conceito da exposição “Criaturas”, composta por ilustrações do biólogo Ernst Haeckael (1834-1919), um dos expoentes do cientificismo positivista, que contribuiu para a popularização do trabalho de Charles Darwin. A mostra, realizada pela Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC), está em cartaz no primeiro andar da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Senhor do Bonfim (BA). A visitação é gratuita e aberta ao público, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, até o dia 30 de setembro.
Em “Criaturas”, estão expostas algumas das 100 lâminas com a impressão de diferentes organismos, cujas ilustrações compõem o livro “Formas de Arte da Natureza”, publicada no Brasil pela editora Taschen. As imagens, além de importante contribuição para o campo da biologia, apresentam um importante legado para as artes visuais. Por meio de técnicas de desenho, aquarela e litogravura, a obra de Ernst Haeckael, com sua estética romântica, possui um realismo que beira à ficção, criado pela aglutinação de seres em paisagens propostas pelo artista e da modificação das formas aos seus princípios artísticos.
Essa fronteira entre ficção e ciência, no entanto, não se trata exatamente de algo contrário ao real, mas uma perspectiva diferente de abordar determinados assuntos. É o que afirma a artista visual e uma das organizadoras da exposição, Déba Viana Tacana. “A ficção conta também uma realidade. Nas imagens de Haeckael, por exemplo, existe um esmero de detalhes, mas ele faz uma composição de animais e plantas que não necessariamente estão ali. Isto também é ciência.”, destaca.
Ademais, a exposição integra um novo modelo de expografia proposta pela DACC, por meio da Pró-Reitoria de Extensão da Univasf (Proex). Iniciada pela obra “Vazante - a épica teatral da Cia Biruta”, em maio de 2018, a proposição é de estabelecer uma maior itinerância dos trabalhos expostos para os diversos campi da Universidade, de modo a ampliar o acesso da comunidade acadêmica e externa às exposições.