Oferecer apoio técnico a viveiristas para aprimoramento do manejo e produção de mudas é uma das ações realizadas pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O objetivo é fomentar ações ligadas à manutenção da cobertura vegetal de viveiros localizados nos municípios do entorno dos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf). No total, já foram realizadas 152 visitas técnicas a viveiros de 45 municípios de Pernambuco e Ceará.

O apoio técnico é oferecido por meio da Rede de Sementes do Pisf, uma iniciativa promovida pelo Nema desde 2015, que também realiza doação de sementes a viveiristas e pesquisadores. Para solicitar uma visita técnica é necessário ser um parceiro e ter interesse em estabelecer um acordo de cooperação, a partir de cadastramento no site.

De acordo com a pesquisadora do Nema responsável pela Rede de Sementes, Edjane Damasceno, durante as visitas técnicas são oferecidas instruções para proporcionar agilidade na produção das mudas e praticidade no manejo do viveiro. “O propósito é assegurar a qualidade das mudas para alcançar maiores chances de sobrevivência quando plantadas em campo, dentro das necessidades e limites de cada produtor, e ofertar possibilidades de geração de renda agregada à conservação da biodiversidade”, explica.

Os viveiristas da Associação dos Produtores Rurais do Sítio Malhada (Aspram), em Arcoverde (PE), receberam apoio técnico para auxiliar na produção de mudas. De acordo com Klara Nascimento, uma das responsáveis pelo viveiro, as instruções recebidas contribuíram diretamente na qualidade das mudas que, além de serem doadas e plantadas, também são vendidas. “Com as informações recebidas durante a visita técnica oferecida pelo Nema, que possui grande conhecimento sobre a biodiversidade da Caatinga, nós criamos uma nova metodologia de produção de mudas”, disse.

Diversos viveiros do Ceará também receberam apoio técnico, como o Viveiro Municipal de Brejo Santo (CE), que oferece mudas em troca de material reciclável, através do projeto Troque Lixo Por Vida. “Com as orientações recebidas, pudemos incrementar as nossas ações e mudamos a forma de manejo na produção e manutenção das mudas, adequando ao nosso clima”, afirma a Coordenadora de Educação Ambiental e Políticas Públicas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Juliana Monte.