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Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) promove live com a temática “Um aluno surdo na universidade: e agora?”
Setembro azul ou setembro surdo. Este é o mês em que são comemoradas as conquistas e relembradas as lutas das pessoas surdas no Brasil. Levando em consideração este mês e o Dia Nacional dos Surdos, comemorado em 26 de setembro, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará uma live nesta sexta-feira (24), às 19h, com a temática “Um aluno surdo na universidade: e agora?”. A live, que irá discutir sobre as perspectivas dos estudantes surdos na universidade e do professor ouvinte para e com esses estudantes, será aberta a todos e transmitida pelo canal do NAI no YouTube.
Para falar sobre as dificuldades, projetos de pesquisa e sobre o olhar do estudante surdo, foram convidados os discentes Matheus da Silva Oliveira, do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e primeiro surdo do Brasil a ingressar nesse curso; e Anderson Silva Santos, discente do curso de Educação Física da Univasf. Os estudantes irão falar sobre as suas trajetórias em cursos em que ainda há uma baixa presença de pessoas surdas. Para apresentar a perspectiva do docente ouvinte, o palestrante é o professor Marcelo Nascimento, do Colegiado de Educação Física da Univasf. Nascimento irá discutir sobre as práticas voltadas a esse público e o que o professor ouvinte pode fazer para proporcionar a inclusão desses estudantes.
O tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) do NAI Davi Figueiredo de Lima será o mediador do debate. O evento também contará com a participação das tradutoras e intérpretes de Libras Tailane Brito e Lisandra Alves, que farão a interpretação para Libras e para português.
Davi Lima diz que é importante discutir esse assunto, pois, apesar da comunidade surda ter conquistado várias coisas, ainda há muito a ser feito. “O surdo precisa ser realmente incluído na sociedade e as pessoas precisam entender que eles têm uma diferença cultural e uma diferença de identidade. A comunidade surda possui uma língua própria, que são as Libras, e precisa ser respeitada, especialmente em ambientes acadêmicos”, ressalta.
Ele também destaca que só irá acontecer uma mudança na sociedade se a universidade formar profissionais que viabilizem essa mudança. “É de grande relevância discutir especialmente sobre a inclusão dos alunos surdos dentro da universidade, como deve ser feito esse processo e o respeito às diferenças das pessoas surdas, mas também o respeito com as suas potencialidades”.