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Obra do artista japonês Hokusai é tema de exposição na Univasf
A mostra ficará disponível para visitação até o dia 28 de setembro, de segunda a sexta-feira, no hall da reitoria.
Beleza e poética, leveza e silêncio. É assim que podemos definir as criações de Katsushika Hokusai (1760-1849), artista do período Edo (1603-1868) que compôs um conjunto expressivo de imagens do interior do Japão. As obras de Hokusai integram a exposição “Mundo Flutuante”, que entrou em cartaz nesta segunda-feira (15), no hall da reitoria da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE). Organizada pela Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC), a mostra continuará disponível para visitação gratuita até o dia 28 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Imagens feitas através de matriz xilográfica por Hokusai compõem “Mundo Flutuante”, cujo título trata-se de tradução de ukiyo, técnica japonesa utilizada pelo artista que consistia em gravuras impressas em blocos de madeira. Famosas obras e séries de autoria de Hokusai, a exemplo de A Grande Onda e Trinta e seis vistas do Monte Fuji, também estão presentes neste trabalho. As ilustrações retratam a famosa montanha japonesa a partir de diversos pontos de vista, estações do ano e em diferentes condições de tempo.
“Propomos uma reflexão sobre o modo de leitura e visão de paisagens, como são vistas em cada região, que nesse caso não são como a perspectiva ocidental, onde a geometria, a matemática e o realismo estão fortemente presentes”, explica a estagiária da DACC e uma das organizadoras da exposição, Tacylla Oliveira. Dessa forma, em “Mundo Flutuante”, há uma busca por salientar a visão oriental onde a presença de flutuação sob a perspectiva isométrica se sobressai: “como o olhar de um pássaro”, complementa.
Além disso, a exposição inaugura a parceria entre a DACC e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Univasf (NAI), oferecendo a opção de audiodescrição das obras expostas por meio de leitor de QRcode, disponível em aplicativos de smartphone, o que possibilitará o acesso de deficientes visuais. “Esse é um passo muito interessante para que a gente permita que esse público também possa vivenciar essas experiências que não são meramente visuais, mas também multisensoriais”, explica o revisor de textos em braille do Núcleo, Milton Carvalho. O NAI desenvolve trabalhos de orientação sobre formas de inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência na Univasf e na sociedade em geral.