Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Palestra “Intervenções Assistidas por Animais” será promovida pela Univasf neste sábado (5)

Notícias

Palestra “Intervenções Assistidas por Animais” será promovida pela Univasf neste sábado (5)

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por e-mail

publicado: 03/08/2017 16h10 última modificação: 03/08/2017 16h10
João Pedro Ramalho
A palestra é uma iniciativa do projeto “Pele e Pelo: Terapia Assistida por Animais em crianças diagnosticadas com microcefalia”

A palestra é uma iniciativa do projeto “Pele e Pelo: Terapia Assistida por Animais em crianças diagnosticadas com microcefalia”

A relação entre os seres humanos e os animais data de milhares de anos e pode trazer diversos benefícios, inclusive para a saúde humana. O projeto de extensão “Pele e Pelo: Terapia Assistida por Animais em crianças diagnosticadas com microcefalia”, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), trabalha com essa relação para melhorar o desenvolvimento dessas crianças. O projeto irá promover a palestra “Intervenções Assistidas por Animais” neste sábado (5), na sala do Núcleo Temático 3 (NT-3), no Campus Sede da Univasf, em Petrolina (PE). As inscrições são gratuitas e estão abertas a estudantes e profissionais das áreas de Saúde e Ciências Agrárias.

Para se inscrever, é preciso enviar uma mensagem com o nome completo para o e-mail peleepelotaa@gmail.com. Estão disponíveis cerca de 50 vagas. A palestra será ministrada pela psicóloga Kíssia Minelli, coordenadora do Projeto Caralâmpia, que também trabalha com atividades e terapias assistidas com cães, em Salvador (BA). Em sua fala, Kíssia irá explicar como funcionam as Intervenções Assistidas por Animais (IAA), ações com objetivos terapêuticos que incluem a presença de animais nas áreas de saúde e educação.

A palestrante também irá mostrar quais espécies podem ser trabalhadas nesses processos. Segundo a psicóloga, animais como coelhos, cavalos e gatos podem contribuir com as intervenções; seu foco maior, porém, são os cachorros, por sua docilidade e comportamento maleável. O objetivo da palestra é tanto informar acerca das IAAs como capacitar o público. “A ideia é que os profissionais que queiram trabalhar com isso possam ter uma noção. Também pretendo indicar alguns cursos que serão realizados no Brasil ligados a esse tema”, conta Kíssia Minelli.

Pele e Pelo – O projeto “Pele e Pelo” trabalha, desde março desse ano, com a interação entre cães e cinco crianças com microcefalia, com média de idade de um ano e meio, previamente selecionadas pela equipe. De acordo com Wasley Bezerra, médico veterinário do Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Univasf e um dos coordenadores do projeto, a relação com esses animais é sentida de diferentes maneiras pelos meninos e meninas. “As crianças com microcefalia têm várias formas de perceber o mundo. O contato visual, com o pelo, o calor, os batimentos e a respiração do animal, e essa troca de energia provocam uma melhoria neles”, explica.

As atividades do projeto acontecem semanalmente, no Laboratório de Psicologia e na Sala 8 do bloco de salas de aula, do Campus Sede. Os atendimentos são especializados, com todos os profissionais trabalhando por meia hora com cada criança. A equipe é formada por três médicos veterinários, um adestrador, uma psicóloga, duas fisioterapeutas, uma terapeuta ocupacional, uma médica e uma assistente social, além de Sammy e Jujuba, cadelas das raças Samoieda e Golden Retriever, respectivamente. Cedric, filhote Samoieda, é o integrante mais recente, mas ainda irá passar por treinamentos antes de começar a trabalhar.

Bezerra conta que o projeto já vem colhendo resultados positivos. Segundo ele, essas crianças, mesmo com mais de um ano de idade, aparentam um desenvolvimento de bebês de três a quatro meses. Porém, já estão mostrando uma mudança. “Tinha uma que não conseguia abrir a mão, mas hoje já está mexendo. Outra não conseguia interagir, nem olhava para o lado, e agora está mudando. Tudo isso parece ser pouco, mas para uma criança com microcefalia já é muita coisa”, afirma.