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Pesquisa da Univasf avalia aspectos que interferem no início da carreira docente

publicado: 23/03/2023 12h05 última modificação: 23/03/2023 15h46
Júlia Mendes

Os docentes são uma parcela essencial da sociedade. Entretanto, esses profissionais podem encontrar diversas dificuldades pelo caminho. Com o intuito de identificar aspectos que interferem na carreira docente nos primeiros anos de atuação na carreira, a egressa Maria Andresiele Andrade Carvalho realizou uma pesquisa que avalia a produção acadêmica sobre a entrada na docência no período de 2000 a 2018. O estudo, que deu origem à dissertação de mestrado da pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), aborda o desenvolvimento profissional de professores em início de carreira, suas realidades e a socialização docente.

A pesquisa, orientada pelo professor do PPGEF Diego Luz Moura, foi publicada recentemente no artigo “A entrada na carreira docente: uma revisão sistemática”, na Revista Brasileira de Educação. Durante o estudo, a pesquisadora observou algumas dificuldades do professor iniciante, como o afastamento da sua formação inicial na universidade e a inserção no mercado de trabalho. No artigo, são indicadas três estratégias fundamentais para a permanência do profissional na área: a construção de ações de socialização e acompanhamento do professor iniciante; ações de formações inicial e continuada com maior aproximação entre a universidade e a escola, de modo que se dialogue com as demandas escolares; e criação de programas de formação de professores com inserção do futuro profissional no ambiente escolar.

Maria explica que entender os aspectos que interferem na carreira docente nos primeiros anos auxilia na diminuição das dificuldades nessa fase, que é decisiva para a permanência do profissional na área. “Nós concluímos que essa área da pesquisa avançou em identificar as dificuldades e os desejos dos professores, mas pouco avançou em criar e analisar os efeitos de ações objetivas realizadas diretamente para o público iniciante”, pontua.

O professor Diego Luz Moura aponta que a Universidade, como instituição formadora de docentes, tem a responsabilidade de repensar seus currículos e políticas de formação. “O texto que publicamos foi eficiente em mostrar como a produção brasileira tem identificado as dificuldades e opiniões dos professores iniciantes na docência. No entanto, verificamos que ainda faltam dados para identificar as melhores ações para promover a socialização e diminuir o choque de realidade”, destaca Moura, que ressalta a importância de estabelecer parcerias com redes de ensino para promover um início de carreira mais positivo e ajudar a evitar o abandono da carreira docente.

Para Maria, discutir essa temática é essencial para promover uma boa socialização e ambientação para o profissional em início de carreira. “Debater esse assunto promove uma reflexão para que possamos preparar melhor os nossos estudantes para a carreira docente; para que tenham boas experiências em seus campos profissionais e para que, ao chegar às escolas, saibam lidar melhor com o local de trabalho, turmas e conteúdos”, finaliza. 

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