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Pesquisa da Univasf realiza estudo com montadores de cubo mágico e está em busca de voluntários

publicado: 05/03/2020 11h43 última modificação: 05/03/2020 11h43
Layla Shasta

Ao longo dos anos, o cubo mágico, quebra-cabeça tridimensional inventado por Erno Rubik, já fez muita gente passar horas, ou até meses, tentando combinar as cores dos quatro lados do brinquedo. Agora, a difícil tarefa de solucionar cubos mágicos e as pessoas dedicadas a ela são foco de uma pesquisa que está sendo desenvolvida por um projeto de iniciação científica do curso de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no Campus Sede, em Petrolina (PE). O estudo visa descobrir como a aprendizagem do cubo de Rubik pode influenciar algumas funções cerebrais humanas e, para isto, está em busca de cubistas voluntários. Podem participar da pesquisa desde iniciantes, que montam somente um lado de cubos do tipo 3x3, até montadores de cubo profissionais, que já participam de competições.

Os interessados em participar podem se inscrever pelo telefone (87) 98804-1910 ou através do e-mail: pibic.ldapp@gmail.com. O estudo tem formato individual e será realizado no Laboratório de Desenvolvimento, Aprendizagem e Processos Psicossociais (LDAPP) da Univasf, de acordo com o dia e horário agendado pelo participante. O tempo de duração médio da pesquisa é de 30 minutos. A ação prosseguirá até o fim do mês de maio e, até lá, será possível inscrever-se como voluntário para participar do estudo.

Serão analisadas habilidades cognitivas dos cubistas como atenção, manipulação de informações na mente e flexibilização do raciocínio. O objetivo é verificar se existem associações entre a atividade de montagem do cubo mágico e o desenvolvimento de um conjunto de processos cognitivos chamados de Funções Executivas (FE). Os voluntários devem ter idade entre 15 e 25 anos, não ter proficiência em língua estrangeira e não ter passado por educação musical formal, aspectos que podem influenciar nas habilidades cognitivas que serão investigadas.

O cubo mágico foi criado como uma forma didática para ajudar alunos de Arquitetura na construção de habilidades matemáticas. Hoje, o objeto é um dos brinquedos mais vendidos no mundo, no entanto, permanece sendo utilizado por muitos professores com o intuito de desenvolver nos discentes algumas habilidades, como o raciocínio lógico. O professor do Colegiado de Psicologia e coordenador da pesquisa, Leonardo Sampaio, afirma que, a partir dos resultados obtidos com o estudo desenvolvido na Univasf, será possível elaborar programas interventivos com caráter lúdico utilizando o cubo de Rubik. Segundo ele, estes projetos poderão ser implantados em escolas e outras instituições a um baixo custo e oferecer contribuições significativas para o desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

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