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Professor da Univasf é premiado por revista científica da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular
O professor Fernando Cruvinel Damasceno, do Colegiado de Química da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), é um dos vencedores do prêmio Herbert Tabor Young Investigator Award 2019. O prêmio foi concedido pelo artigo publicado no periódico americano Journal of Biological Chemistry, uma publicação da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular (ASBMB). A solenidade de entrega da premiação vai acontecer dia 9 de abril no Encontro Anual da ASBMS em Orlando, nos Estados Unidos.
O artigo foi publicado em abril de 2018 e se intitula “The labile iron pool attenuates peroxynitrite-dependent damage and can no longer be considered solely a pro-oxidative cellular iron source”, que em tradução livre significa “Ferro lábil reduz dano provocado por peroxinitrito e não pode mais ser considerado apenas uma fonte de ferro celular pró-oxidativa”. No artigo premiado, que é resultado de sua tese de doutorado, desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP), Damasceno analisa o ferro lábil, uma forma de ferro presente nas células, que é conhecido por participar de processos oxidativos. Estes processos causam danos às células e podem levá-las à morte.
No entanto, a pesquisa de Damasceno constatou que o ferro lábil reage com uma substância pró-inflamatória chamada peroxinitrito e que tem, assim, uma ação antioxidante. Dessa forma, o artigo aponta que a reação do ferro lábil com o peroxinitrito acaba protegendo as células do dano provocado por esta substância. De acordo com o professor, esta descoberta amplia a visão que existe da bioquímica do ferro lábil e pode contribuir para compreensão de processos inflamatórios e infecciosos.
O prêmio Herbert Tabor Young Investigator Award é concedido aos jovens pesquisadores que publicaram trabalhos inéditos na revista e o professor da Univasf é o único brasileiro entre os seis premiados deste ano. Além dele, venceram pesquisadores das Universidades de Harvard; da Califórnia; do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne; do Instituto Indiano de Ciência e da Sociedade Dinamarquesa de Câncer. No dia da solenidade de premiação, Fernando Damasceno também ministrará uma palestra sobre a temática do artigo vencedor.
De acordo com Damasceno, o prêmio representa o reconhecimento de muito esforço e dedicação que poderá gerar bons frutos para a Univasf. “Esse reconhecimento representa ainda uma oportunidade de entrar em contato com pesquisadores de outros países para, quem sabe, estabelecer algum tipo parceria. Para a Univasf e, mais especificamente, para o Campus Serra da Capivara, a premiação trará maior visibilidade e pode servir de inspiração para nossos estudantes”, afirma.