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Projeto de extensão da Univasf recolhe cães do Campus Sede para castração

publicado: 06/06/2017 11h53 última modificação: 06/06/2017 11h53
João Pedro Ramalho

 

 

Quem visita, estuda ou trabalha no Campus Sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE), costuma encontrar muitos cachorros, que convivem no espaço com a comunidade. Desde ontem (5), esses cães têm sido temporariamente retirados do Campus, a fim de serem castrados. A iniciativa é do projeto CastrAção, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Univasf, e continua até a próxima sexta-feira (9).

Os animais foram previamente identificados pela equipe do projeto, que também será responsável pela captura e pelo encaminhamento dos cães ao Hospital Veterinário Universitário (HVU), localizado no Campus Ciências Agrárias (CCA), em Petrolina. No hospital, serão realizados os exames pré-operatórios e a cirurgia de castração. Em seguida, eles serão transferidos para o Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) de Petrolina, para o processo de recuperação.

De acordo com o coordenador do projeto e professor do Colegiado de Medicina Veterinária, Durval Baraúna Júnior, a castração é um procedimento importante para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e, no caso dos cães machos, para redução do temperamento agressivo. Além disso, o professor acredita que é uma ação que pode contribuir com a contenção da população. “Embora existam questionamentos se a castração é efetiva no controle populacional ou não, eu prefiro realizá-la, porque sei que aquela fêmea castrada não vai colocar, ao longo de vida, tantos filhotes na rua”, afirma.

O projeto CastrAção iniciou em 2017 e possui como bolsista de extensão um estudante do curso de Medicina Veterinária. A equipe já vem promovendo a castração de animais domésticos no HVU, sendo a ação no Campus Sede a primeira realizada com animais abandonados. O grupo também tem a intenção de castrar os cães do Campus Juazeiro (BA). Segundo Baraúna Júnior, a identificação dos cachorros já está sendo feita, mas, para que o desejo se concretize, ainda é preciso encontrar uma instituição na cidade que receba os animais para internação após a operação. “Nós temos a disponibilidade e conseguimos custear o procedimento, mas necessitamos de uma contrapartida”, conta o professor.