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Resíduos produzidos em laboratórios da Univasf são encaminhados para descarte
Materiais gerados nos laboratórios da Univasf serão descartados
Reagentes químicos, como ácido clorídrico e ácido sulfúrico, sobras de amostras, óleos e outros rejeitos. Estes são materiais que costumam ser gerados em laboratórios e cujo descarte não pode ser feito através da rede de esgoto ou em lixões. Por esta razão, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realizou, durante a manhã de hoje (26), a coleta e o descarte dos resíduos originados nos laboratórios dos campi Sede e Ciências Agrárias (CCA), em Petrolina (PE), e do Campus Juazeiro (BA). A iniciativa é da Diretoria de Desenvolvimento Institucional (DDI), vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Propladi), em conjunto com o Suporte Técnico aos Laboratórios (STL).
A maioria desses materiais foi produzida desde o início do funcionamento dos laboratórios, há cerca de dez anos, e vinha sendo armazenada em recipientes de vidro e em caixas de papelão. Neste período, aproximadamente 800 litros de resíduos líquidos foram acumulados anualmente. Desde o primeiro semestre deste ano, a DDI, em articulação com o STL, passou a concentrar esses rejeitos nos campi Sede e CCA.
Segundo o diretor da DDI, Clóvis Ramos, a ação integra o Programa Univasf Sustentável, que prevê a administração dos rejeitos da Universidade como um todo. “Aquele que gera os resíduos é o responsável por sua destinação correta. Como os materiais de laboratório são perigosos e de alta toxicidade, é responsabilidade da Univasf articular esse descarte para que eles não tenham um final inadequado”, afirma Ramos.
O descarte será feito pela Ambserv, empresa especializada em gerenciamento total de resíduos, que realizará o transporte dos materiais e os encaminhará para uma instituição parceira, localizada em Cariacica (ES), que fará o tratamento dos resíduos. De acordo com Juarez Vecina, representante da Ambserv, os rejeitos passarão por um processo de neutralização e encapsulamento e, posteriormente, serão destinados a um aterro industrial. Segundo Vecina, todo o trajeto poderá ser rastreado, desde a saída da Univasf até a localização no aterro.
Uma parte dos rejeitos produzidos na Univasf já vinha sendo tratada no Laboratório de Tratamento de Resíduos Químicos (Letraq), que funciona há aproximadamente quatro anos, no Campus Sede. Segundo o coordenador do STL, Clóvis Fernandes Silva Filho, o Letraq tratou, durante este período, cerca de 600 litros de resíduos líquidos por ano. O tratamento varia de acordo com o material, sendo os procedimentos mais comuns a precipitação de metais pesados e a neutralização. Todos estes processos são coordenados pelo químico do Letraq, Fredson Gomes de Menezes.
De acordo com o diretor da DDI, os resíduos produzidos nos campi Serra da Capivara (PI), Paulo Afonso e Senhor do Bonfim (BA) somam um volume pequeno, se comparado ao gerado nos laboratórios dos outros campi. A partir de agora, entretanto, a DDI realizará um levantamento da produção de resíduos por ano na Univasf. “O objetivo é fazer um contrato com uma empresa especializada que garanta o recolhimento anual desses materiais em todos os campi”, explica Ramos.