Interculturalidade, inclusão, integração, equidade e justiça social na educação. Estes serão os conceitos abordados no Seminário Internacional Diversidade e Desigualdades na Educação: Polissemia e Complementaridade em Pesquisas do Norte e do Sul, que terá início na próxima segunda-feira (23) e prosseguirá até sexta-feira (27) de forma on-line. Promovido em parceria pelas Universidades Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Federal de Minas Gerais (UFMG), do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Federal do Sul da Bahia (UFSB) e a Université du Québec à Trois Rivières (UQTR), do Canadá, o evento reunirá professores e estudantes de pós-graduação dessas instituições. Quatro discentes do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) da Univasf irão apresentar trabalhos durante o seminário, que também terá a participação de uma docente do Colegiado de Psicologia em uma mesa redonda.

O Seminário é um evento bilíngue, em francês e português, que será realizado a partir das 9h, pela plataforma Zoom exclusivamente para os participantes inscritos. O objetivo da iniciativa é viabilizar intercâmbios entre estudantes de pós-graduação do Brasil e de Quebec que estudem sobre a diversidade e a luta contra as desigualdades em educação. A programação detalhada está disponível no site.

Os estudantes da Univasf apresentarão trabalhos sobre temáticas diversas. Os estudos foram orientados pelo professor do PPGPSI Marcelo Ribeiro, que é membro do Comitê Científico do Seminário Internacional Diversidade e Desigualdades na Educação.

Representações Sociais – “Representações Sociais sobre o racismo em estudantes de pedagogia” é o tema do estudo realizado pelo discente Mario César Pedroso Lima, que será apresentado no dia 24 de agosto. O estudo trata sobre a qualidade da formação de pedagogos sobre a problematização do racismo, visto que o educador tem papel fundamental na superação dos problemas sociais.

Raça e fonoaudiologia – A estudante Suellen Mayane de Paiva Santos escreveu sobre as próprias experiências acerca da itinerância formativa, no trabalho “A ‘escrevivência’ de uma fonoaudióloga negra”. O estudo, que será apresentado no dia 26 de agosto, pretende relacionar a fonoaudiologia às questões raciais, além de trazer um enfoque à percepção da profissional de saúde negra em sua formação e atuação como cuidadora.

Saúde mental – A discente Layta Sena Ribeiro apresentará o estudo de tema “Diálogos sobre saúde mental na escola na perspectiva da pesquisa-formação”, no dia 27 de agosto. O estudo é um recorte de pesquisa em fase de finalização, originada no mestrado em Psicologia da Univasf. O trabalho foi produzido diante da necessidade de investigação e atuação em saúde mental nos espaços educacionais.

Identidade e cuidado - Também no dia 27, a estudante Jonalva Paranã de Araújo Gama apresentará o estudo “Narrativas de mulheres pretas sobre identidade e cuidado na experiência de uma pesquisa-formação afrocentrada decolonial”. O estudo foi realizado a partir da trajetória da própria discente enquanto mulher preta psicóloga. A pesquisa, que ainda está em andamento, pretende compreender a construção da identidade e as perspectivas de cuidado de mulheres negras no âmbito da pesquisa-formação afrocentrada.

Além das apresentações de trabalhos dos discentes, o evento contará com mesas redondas e Grupos de Trabalho para debater temáticas diversas. A professora Virgínia Passos, do Colegiado de Psicologia (CPSI) da Univasf, participará da mesa redonda sobre “Padronização de currículos e medicalização na educação: quais respostas às tensões entre o particular e o universal?”, que será realizada na sexta-feira (27). A docente irá discorrer sobre o tema “Estratégias de avaliação e intervenção com crianças que apresentam dificuldades na leitura e na escrita”.