O evento aconteceu em Floriano (PI) e reuniu estudantes, pesquisadores e lideranças indígenas e quilombolas.

Com o tema “Territorialidades Indígenas e Quilombolas”, foi realizado o III Seminário Nacional de História Social dos Sertões: Territorialidades Indígenas e Quilombolas entre os dias 2 e 6 de outubro. O evento ocorreu em formato híbrido e as atividades presenciais aconteceram no Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus de Floriano (PI). O seminário foi organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Os Povos Indígenas na História”, vinculado à seção Piauí da Associação Nacional de História (ANPUH), do qual a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) faz parte, com representante do Campus Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI).

O evento, que teve mais de 300 inscritos, contou com a participação de estudantes, palestrantes de vários estados brasileiros, lideranças indígenas e quilombolas, além de pesquisadores acadêmicos. A programação incluiu a realização de Simpósios Temáticos (ST), mesas redondas, minicursos e apresentações de trabalhos científicos. O evento discutiu conteúdos envolvendo violência de gênero, educação escolar indígena e quilombola, sertões indígenas, terra e trabalho, sertões quilombolas, entre outros.

Três docentes da Univasf participaram de atividades do seminário. O professor Adalton José Marques, do Colegiado de Ciências Sociais, foi um dos coordenadores do ST “Memórias da expulsão: territórios e expropriações no Semiárido brasileiro” e o docente Alencar de Miranda Amaral, do Colegiado de Arqueologia e Preservação Patrimonial, coordenou o ST “História Indígena de Longa Duração nos Sertões: uma construção a partir de fontes arqueológicas, etno-históricas e etnográficas”. Já o professor Rainer Miranda Brito, do Colegiado de Antropologia, ofertou o minicurso “Um Diálogo Musical (Fictício?) entre o Semiárido do Piauí e a Figura do ‘Nordeste Mouro’ como Expressão da Cultura Popular Nordestina do Sertão no Século XX”.

A professora Camila Galan de Paula, do Colegiado de Antropologia, integrante do (GT) “Os Povos Indígenas na História”, fez parte da organização do Seminário e destacou a importância do estudo das configurações territoriais relacionadas aos indígenas e aos quilombolas. “O seminário está na sua terceira edição. É importante a promoção de um espaço dedicado exclusivamente à discussão do tema da história social dos sertões. Nesta edição, o GT elegeu um tema que é importante para nós e pudemos contar com a participação de lideranças e pesquisadores indígenas e quilombolas como sujeitos engajados, como agentes em suas vidas e lutas, mas também como produtores de conhecimento ou agentes públicos”, disse.

O GT “Os Povos Indígenas na História” é composto por pesquisadores de instituições públicas do interior do Piauí. Integram o grupo docentes e discentes da Univasf; da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Picos; da Universidades Estadual do Piauí (UEPI), campi de Oeiras e Floriano; e Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus de Floriano.