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Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana acontece na Univasf e discute educação e tecnologia em prol da promoção da saúde

publicado: 27/04/2018 15h23 última modificação: 27/04/2018 17h42
Mônica Santos
Exibir carrossel de imagens Juciane Aleixo A programação conta com mesas redondas, conferências e apresentação de trabalhos.

A programação conta com mesas redondas, conferências e apresentação de trabalhos.

Com o objetivo de aproximar tecnologia, saúde e educação das práticas de estudo do movimento humano, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) promove, hoje (27) e amanhã (28), o II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana. O evento tem como tema “Implicações tecnológicas na motricidade: Saúde, escola e esporte” e acontece no Complexo Multieventos da Univasf, Campus Juazeiro, reunindo cerca de 250 participantes de vários estados brasileiros.

Motricidade humana é o estudo dos movimentos corporais a partir de seu desenvolvimento, evolução, aprendizagem e controle motor. Para tratar de todas as implicações que o tema propõe, se inscreveram para o simpósio professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas, vindos de estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Norte, além de Pernambuco e Bahia. Hoje pela manhã, houve o credenciamento e minicursos.

A programação conta com mesas redondas, conferências e apresentação de trabalhos. As temáticas tratadas são interdisciplinares e incluem desde o desenvolvimento de aplicativos de celular e jogos que monitoram e ajudam a melhorar os movimentos, até a psicomotricidade, dinâmicas pedagógicas e desenvolvimento motor na primeira infância, que vai dos zero aos seis anos.

Segundo Fernando Lemos, professor do Colegiado de Educação Física (Cefis) da Univasf e organizador do evento, o tema foi escolhido com base em uma pesquisa de mercado. A partir desta pesquisa, foi detectada a necessidade de se tratar como a tecnologia pode trabalhar em prol do estímulo e estudo do movimento de pessoas que tenham dificuldades de processamento da informação e, consequentemente, de condução motora. 

“Quanto maior o envolvimento do educador físico com a tecnologia, maiores serão as técnicas para desenvolver suas atividades, tanto em escolas quanto em hospitais. Dessa forma, queremos melhorar a interação entre paciente e profissional e apresentar a eles, através da programação e dos mais de 70 trabalhos que foram submetidos, ferramentas fáceis que possam combater o sedentarismo e melhorar a movimentação das pessoas”, afirmou Lemos.

O professor Diego Luz, também do Cefis da Univasf, ministrou o minicurso “Intervenções motoras para crianças da educação infantil”. De acordo com ele, o intuito do minicurso foi trazer um olhar pedagógico sobre a criança e as diferentes possibilidades que existem de se trabalhar o aprendizado motor, como o uso de jogos, brincadeiras, música e ritmo. Assim, segundo o professor, é possível utilizar a ludicidade para intervir e localizar a motricidade dentro do ambiente pedagógico na primeira infância. “Trouxemos um aparato teórico-prático para que os simposistas possam ter vivências sobre as questões pedagógicas, tanto nesse momento, em sala, quanto no segundo momento, com as vivências que acontecerão na prática, na quadra, mostrando assim, a função que a escola deve exercer com o uso dessas atividades”, destacou Luz.

De acordo com o monitor do evento, Gaciano Xavier, que é formado em Enfermagem, graduando em Educação Física e mestrando pelo Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde e Biológicas (PPGCSB), o evento foi pensado para divulgar os trabalhos na área e mostrar que existem várias áreas de atuação para um educador físico. “Na região, o profissional de Educação Física está mais centrado em atuar como professor em escolas ou instrutor em academias e queremos mostrar, com o simpósio, que a Educação Física é uma área muito abrangente e, para isso, trouxemos os principais nomes da área para nos dar um novo olhar sobre esse tema que está sendo pesquisado em todo Brasil e que é de grande relevância”, disse Xavier.

Kyvia Araújo é mestranda pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Parnaíba, e, segundo ela, essa foi uma grande oportunidade de se aprofundar em sua linha de pesquisa, de forma mais acessível. “O tema da motricidade é muito trabalhado na região Sul e Sudeste. Tanto que o último Simpósio aconteceu em Santa Catarina, mas aqui na região Nordeste é pouco discutido. Então, acho muito importante a realização de eventos com essa estrutura e com profissionais reconhecidos na região Nordeste”, comentou Kyvia.