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Univasf promove palestra sobre Movimento Negro e Ditadura Militar no Brasil
Como parte da programação do I Colóquio da Univasf sobre o Golpe de 1964, será realizada no dia 6 de maio, às 19h, a palestra "Negros em Movimento(s): Histórias de resistência afro-brasileira à Ditadura Militar no Brasil (1964-1985)". O evento, que acontecerá de maneira on-line, é promovido pelo Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento Ruth de Souza (Neafrar) e pelo Observatório de Estudos em Educação, Trabalho e Cultura (ETC) do Colegiado de Ciências Sociais (Ciso) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Podem participar integrantes de movimentos sociais; acadêmicos da graduação e da pós-graduação; professores e estudantes da educação básica; e a sociedade em geral. As inscrições estão abertas até o dia 5 de maio ou até o preenchimento das 50 vagas disponíveis.
Os interessados devem se inscrever através do preenchimento de um formulário eletrônico. Após o envio dos dados, será encaminhada uma mensagem de confirmação da inscrição. Também será enviado, em até 72 horas antes do evento, o link para participação como ouvinte. A palestra será ministrada pela professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Márcia Guena dos Santos, doutora em História pela Universidade Complutense de Madrid (UCM) e coordenadora do Grupo de Pesquisa Comunicação Antirracista e Pensamento Afrodiaspórico da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). A palestra irá discutir sobre o retrocesso sofrido pelas organizações sociais negras no Brasil durante o Regime Militar, instaurado em 1964, e como, mesmo com a proibição da discussão pública sobre racismo e enfrentando o isolamento político, os negros continuaram a se organizar e resistir tanto individualmente quanto coletivamente durante esse período.
Segundo o coordenador do Neafrar e do I Colóquio da Univasf sobre o Golpe de 1964, Nilton de Almeida Araújo, geralmente tanto no âmbito do ensino quanto da pesquisa ou extensão, os assuntos da Ditadura de 1964 no Brasil e da história dos movimentos negros são tratados de forma independente e a proposta da palestra é discutir esses temas em conjunto. “Os resquícios do autoritarismo da Ditadura e do racismo ainda são forças presentes na sociedade e precisam ficar no passado. E isto passa por uma postura cidadã e também por um exame qualificado deste período histórico. Assim, visamos alcançar a sociedade em geral e, em especial, atingir e sensibilizar profissionais da educação", afirma Araújo.
A programação do I Colóquio da Univasf sobre o Golpe de 1964 teve abertura no dia 1º de abril, no Campus Sede, e terá atividades mensais alternadas entre os campi Sede, Juazeiro e realização remota. O objetivo do Colóquio é discutir mudanças e permanências nos planos social, econômico, político e cultural do Brasil nos últimos 60 anos, com destaque para as décadas de 1960 a 1980, e o processo de redemocratização; além de problematizar as relações entre Estado e sociedade civil a partir de vertentes clássicas como política econômica, sindicatos e partidos, entre outros aspectos sobre a temática.