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Univasf recebe delegação do Paraguai e da Venezuela e discute criação de curso de extensão internacional nas áreas de Ecologia Humana e Biocultura

publicado: 17/07/2024 11h28 última modificação: 17/07/2024 11h59

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) recebeu uma delegação do Paraguai e da Venezuela, integrantes da Rede Biocultura, que reúne pesquisadores de diversos países para analisar os corredores bioculturais na América Latina. Durante a visita, que ocorreu no dia 5 de julho, iniciaram-se as tratativas para a criação de um curso de extensão internacional voltado a estudantes recém-formados de cursos de graduação, com mobilidade entre Paraguai e Brasil. O curso terá foco nas áreas de Ecologia Humana e Biocultura, abordando temas como Desenvolvimento Sustentável, Mudanças Climáticas, Populações Tradicionais e Justiça Social.

Estiveram presentes na reunião a reitora em exercício, Lúcia Marisy de Oliveira; o docente do Colegiado de Geografia (CGeo) da Univasf, Gustavo Hees de Negreiros; o representante da Assessoria de Relações Internacionais (ARI), Vladimir Nunes; a discente do curso de Geografia, Erotilde Damasceno Salvador Neta; a representante da Associação de Ação Social e Preservação das Águas, Fauna e Flora da Chapada Norte, Cilene Letícia Neves Negreiros; e os visitantes estrangeiros Amado Insfrán Ortiz, da Facultad de Ciencias Agrarias da Universidad Nacional de Asunción e Coordenador da Red Biocultura; Liccia Romero, da Universidad de Los Andes, no Postgrado em Ecologia Tropical; e Nelson Pulido, da Asociación Mano a Mano Intercambio Agroecológico.

Com previsão de ser implantado em 2025, o curso de extensão internacional será criado a partir de um termo de cooperação recém-assinado entre a Univasf e a Universidad Nacional de Asunción, no Paraguai. “Uma das propostas da Rede Biocultura é promover não só a pesquisa, mas também o intercâmbio entre profissionais, professores, pesquisadores e estudantes. Através da criação de um curso de extensão articulado entre as universidades, será possível a interação entre estudantes do Brasil e do Paraguai, inicialmente, com a possibilidade de adesão de outros países”, conta Gustavo Negreiros, docente do CGeo.

Segundo Negreiros, este intercâmbio internacional permite o acesso a outras realidades e o conhecimento de novas culturas. “Essas conexões permitem não só que os discentes e pesquisadores de fora conheçam a nossa realidade, mas também que os daqui conheçam a realidade de lá. Por exemplo, discutimos a questão da agricultura de produtos como o café, que é cultivado em diferentes áreas da América Latina e possui um componente cultural muito forte, apresentando-se de maneiras diferentes em diversos países. Portanto, é por meio dessas discussões que queremos explorar mais esses corredores bioculturais e a nossa ecologia humana”, ressalta o docente.

Encontro Anual da Rede Biocultura - A Rede Biocultura é uma rede que integra seis países, Argentina, Brasil, Paraguai, México, Bolívia e Venezuela, e visa estudar os corredores bioculturais destes países. Aqui na região, os pesquisadores da Univasf e da Universidades do Estado da Bahia (Uneb) estudam o corredor das serras de Jacobina, que vão de Jaguarari até Miguel Calmon, no centro-norte da Bahia. Anualmente a Rede de Biocultura realiza encontros com diversos pesquisadores em países diferentes. Este ano o palco da visita foram as cidades de Juazeiro, Saúde e Jaguarari, no período de  24 e 29 de junho. O reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, participou da mesa de abertura do Encontro na Uneb, em Juazeiro. O evento teve concentração no estudo das particularidades socioambientais das Serras do Sertão da Bahia, área central do corredor biocultural do Brasil na Rede Biocultura. Além disso, os participantes tiveram encontros no Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana da Uneb.