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VI Congresso de Formação para o SUS discute formação de profissionais e direito da população ao cuidado em saúde
Esta edição do Congrefor discutiu a equidade na formação profissional para o SUS.
Profissionais de várias áreas da saúde participaram do VI Congresso de Formação para o SUS (Congrefor) e do VII Simpósio de Residências em Saúde do Vale do São Francisco (Simpres), na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento, que aconteceu no Complexo Multieventos do Campus Juazeiro (BA), entre a quarta (24) e a sexta-feira (26), discutiu tanto aspectos relacionados à formação dos profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto o direito da população, e em especial, de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência, ao cuidado em saúde.
O evento foi organizado pelo PET-Saúde/Equidade, pelas Residências em Saúde da Univasf e pelo PET-Saúde/Equidade da Universidade de Pernambuco (UPE) e teve mais de 400 inscritos, entre professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas da saúde de diferentes municípios da região. O Congrefor homenageou a professora Gloria Maria Pinto Coelho por todas as suas contribuições à área de saúde e, especialmente, à Enfermagem.
A cerimônia de abertura teve a presença do reitor da Univasf, Telio Nobre Leite; do superintendente do Hospital Universitário (HU-Univasf), Julianeli Tolentino; e da pró-reitora de Ensino em exercício, Sued Sheila Sarmento; e da coordenadora geral do evento, Michelly Rabelo. Também estiveram presentes os secretários de Saúde de Juazeiro, Helder Silveira Coutinho; de Petrolina, João Luiz Nogueira; de Lagoa Grande, Ana Araújo; e de Dormentes, Talita Mirele Rodrigues.
A professora do Colegiado de Psicologia Karla Daniele Maciel Luz e o cantor, compositor e sanfoneiro Ivan Greg apresentaram o poema musicado “Por uma Gonzagueana Humana/Equidade”. A apresentação contou com a participação do tradutor e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) da Univasf Davi Lima.
O professor Emerson Elias Merhy, médico sanitarista que integrou o movimento de reforma sanitária no Brasil e contribuiu para a criação do campo da Saúde Coletiva, ministrou a conferência de abertura. O palestrante abordou o tema central do evento: Diálogos pela equidade na formação de pessoas para o cuidado em saúde no SUS.
Em sua palestra, ele disse que o tema da equidade convoca para um outro nível de processo formativo. “Se eu não conseguir operar no encontro que o valor da vida do outro é, no mínimo, o mesmo valor que minha vida tem para mim, não vou poder, nunca, aprender a prática da equidade. A prática da equidade não é simplesmente uma distribuição de recursos e de atividades desigual entre os desiguais. Não é um ato distributivo de bens. É uma prática das tecnologias de cuidado”, enfatizou.
Em seu discurso, o reitor Telio Leite destacou a importância das políticas públicas de interiorização do ensino superior para a formação dos profissionais de saúde do país. “As universidades contribuem, nas nossas graduações e pós-graduações, nas clínicas e hospitais de ensino, para formar profissionais de grande qualificação e altamente comprometidos e engajados com o SUS. São estabelecimentos que procuram se integrar fortemente ao SUS, prestando serviços de baixa, média e alta complexidade à sociedade”, disse. Para ele, as duas iniciativas têm o mesmo objetivo de combater as desigualdades e alcançar o desenvolvimento social.
A diversificada programação do Congrefor contou com palestras, mesas-redondas, apresentação de trabalhos, debates interprofissionais e grupos de trabalho em formato de cirandas temáticas propositivas. O evento foi transmitido pela TV Caatinga e está disponível em seu canal no YouTube.
