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Reitor da Univasf recebe nova Diretoria do DCE
O reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Julianeli Tolentino recebeu ontem (5) os novos representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), membros da chapa Reconstrução, eleita e empossada em agosto passado. Ao abrir a reunião, Julianeli Tolentino parabenizou a nova Diretoria da entidade e ressaltou a importância do movimento estudantil na Univasf. “Foi uma satisfação termos recebido a informação de que o Diretório Central dos Estudantes tinha sido reconstituído e isso é muito importante para a nossa universidade, porque se não há um movimento ativo, o prejuízo é para toda a comunidade acadêmica, especialmente para os próprios estudantes e, felizmente nós temos o reinício da participação de atores fundamentais nesse processo de construção de uma universidade”.
"Felizmente nós temos o reinício da participação de atores fundamentais nesse processo de construção de uma universidade” - Julianeli Tolentino
Durante o encontro, o DCE representado pelos estudantes Bruno de Melo (presidente), Tacilla de Oliveira (1ª tesoureira) e Gabriel Cavalcante (secretário de Comunicação, Imprensa e Divulgação) apresentou à Reitoria algumas ações programadas para o mandato 2019-2020, expectativas sobre os serviços da universidade e a política de assistência estudantil, a partir do bloqueio orçamentário que atinge as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
O reitor falou sobre as dificuldades enfrentadas pela instituição e as iniciativas para garantir o funcionamento das atividades acadêmicas, desde o início do bloqueio orçamentário anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), em abril passado, que atinge diretamente o funcionamento da universidade com a redução, em média, de 30% do orçamento programado para o ano de 2019, o equivalente a R$ 11,2 milhões da verba de custeio, além dos impactos em ações e programas de investimento e obras, cujos recursos também estão contingenciados.
Ao relatar os impactos do contingenciamento, Julianeli comentou sobre os esforços que a instituição tem realizado para que os serviços não sejam descontinuados. Ele mencionou, ainda, alguns indicadores que diferenciam a Univasf de outras instituições que compõem a rede Ifes, a exemplo do quantitativo de estudantes que dependem de algum tipo de auxílio para permanência na universidade, demanda que corresponde a mais de 70% dos alunos matriculados.
Entre as demandas levadas à Reitoria pelo DCE, foram colocadas questões relativas à representação estudantil na universidade e as pautas locais, que de acordo com o presidente da entidade, Bruno de Melo foram objeto de consulta junto aos Diretórios Acadêmicos (DAs). A agenda temática elaborada pelo DCE englobou a finalização das obras do Hospital Nair Alves de Souza (HNAS), de Paulo Afonso; a política de cotas raciais, expansão do acervo das bibliotecas e projetos relacionados à infraestrutura dos campi.
Sobre a conclusão das obras do HNAS, Julianeli Tolentino esclareceu que a reforma prevista para a unidade, incorporada ao patrimônio da Univasf como hospital de ensino, envolve a liberação de recurso extraorçamentário, que ainda não foi transferido para a Univasf. O reitor ressaltou que a reforma do HNAS, dependerá de entendimento judicial, uma vez que a verba de R$ 45 milhões, destinada pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) para a obra, ainda não pode ser utilizada por questões relativas ao teto de gastos que impede a Univasf executar o recurso. Julianeli disse, ainda, que a Univasf tem buscado meios legais para a respectiva liberação. “Sem o amparo judicial nós não temos como executar este orçamento”, frisou.
Em relação à política de cotas raciais, foram destacadas as iniciativas das comissões instituídas pela Univasf com a finalidade de apurar e deliberar sobre casos de denúncias, no sentido de prover os meios para evitar fraudes no processo de ingresso de estudantes com a prerrogativa de heteroidentificação. Conforme relato da Chefia de Gabinete da Reitoria, a Univasf tem apurado e acompanhado todos os casos encaminhados à universidade, por meio da Coordenação de Políticas e Ações Afirmativas, criada no final de 2017.
Sobre o campus definitivo de Salgueiro, a ser edificado no terreno da antiga estação ferroviária do município, doado à Univasf, e a ampliação do campus de Senhor do Bonfim, a expectativa da Reitoria é que até o final do ano, os encaminhamentos dos respectivos projetos sejam apresentados à comunidade. “É provável que até o início de novembro nós já tenhamos a apresentação da prévia desses projetos e que, inclusive, foram discutidos com a comunidade acadêmica.
O acesso à rede WiFi no campus de Salgueiro, a situação da residência universitária no campus de São Raimundo Nonato e serviços terceirizados, a exemplo de instalação de copiadoras nos campi, retornarão à pauta de discussões na próxima reunião do Fórum da Reitoria com os estudantes que contará com a participação do DCE. “Achamos boa a reunião com a Reitoria, embora duas horas e meia de conversa foi insuficiente. Foi a primeira reunião, apresentamos as reivindicações de cada campus o que vai nos possibilitar fazer as cobranças com mais força, avalia, Bruno de Melo.