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Estudante de Engenharia Agronômica da Univasf foi premiado em dois congressos no segundo semestre de 2017

publicado: 29/12/2017 12h13 última modificação: 29/12/2017 15h58
João Pedro Ramalho

O estudante do oitavo período de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Bruno Emanuel Souza Coelho participou, entre agosto e dezembro deste ano, de diferentes eventos acadêmicos na região. Em dois deles, o discente apresentou trabalhos e foi premiado. O primeiro foi o XX Congresso Brasileiro de Agrometeorologia (CBAGRO), realizado em conjunto com o V Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido, entre 14 e 18 de agosto em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Na ocasião, Coelho recebeu uma menção honrosa. Já o outro evento foi a V Mostra de Inovação Tecnológica do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), realizada entre 25 e 27 de outubro no município de Serra Telhada (PE), em que o estudante terminou com a primeira e a terceira colocação em duas categorias distintas.

O trabalho submetido ao XX CBAGRO se intitula “Avaliação de um secador para desidratação de frutos de goiaba com energia solar” e contou com a orientação dos professores do Colegiado de Engenharia Agronômica Karla Melo e Neilton Silva Machado. Ele foi apresentado na modalidade oral e recebeu a menção honrosa na categoria “Instrumentação e Energia Renováveis na Agricultura”. O resumo expandido abordou a experiência vivenciada durante o projeto de extensão “Secagem solar: uma alternativa de baixo custo e alcance do pequeno produtor do município de Petrolina-PE”, vigente entre 2016 e 2017, do qual o estudante foi bolsista.

Durante a pesquisa, realizada no Laboratório de Agroindústria da Univasf, foi desenvolvido um secador que aproveitasse a incidência solar da região a fim de desidratar frutas e hortaliças; sendo utilizada, nesta primeira experiência, a goiaba. Também houve o interesse de efetuar uma produção de baixo custo, uma vez que o secador é destinado para pequenos produtores. De acordo com Bruno Emanuel Coelho, a confecção de dois protótipos custou cerca de R$ 500,00, enquanto uma estufa profissional demanda entre R$ 5 e 10 mil para ser instalada. Segundo ele, a experiência também contou com o apoio do IF Sertão-PE, que viabilizou o acesso da equipe aos produtores rurais das comunidades de Petrolina.

O estudante explica que a primeira versão do produto funciona apenas pela exposição direta ao sol e que as frutas tiveram sua umidade reduzida a valores entre 10% e 20%. Para ele, o investimento na criação do secador solar foi importante por possibilitar uma melhoria no aproveitamento dos produtores de frutas. “A nossa região é uma das principais produtoras de frutas, mas ainda tem um alto índice de perda pós-colheita. A ideia do projeto foi aproveitar tudo o que seria descartado para elaborar um novo produto”, afirma Coelho.

Este primeiro protótipo serviu de base para a criação, ainda este ano, do projeto de iniciação científica “Avaliação da manga desidratada em secador solar (versão 2.0)”, no qual Coelho atua como voluntário, também sob a orientação da professora Karla Melo. Dessa vez, o secador solar recebeu o acréscimo de uma ventoinha, a fim de promover a circulação forçada de ar e acelerar a desidratação de frutas como a manga e a uva. Esta segunda versão foi apresentada na Mostra de Inovação Tecnológica do IF Sertão-PE, na categoria Novas Tecnologias, e conquistou a terceira colocação. De acordo com o estudante premiado, a equipe do projeto tem a intenção de aprimorar o secador e disponibilizá-lo no mercado a partir de 2018.

Ainda na Mostra de Inovação Tecnológica do IF Sertão-PE, Bruno Emanuel Coelho concorreu na categoria Novos Produtos com o projeto “Iogurte de acerola: Um alimento alternativo e rico em vitamina C”, terminando com o primeiro lugar. Segundo o discente, o laticínio foi desenvolvido com leite bovino, a partir da variedade jumbo da acerola. Ele explica que a ideia de produzir o iogurte surgiu no segundo semestre deste ano, a partir da percepção de que a fruta, muito cultivada localmente, não tem sido aproveitada de forma industrial.

Para Karla Melo, as premiações conquistadas são importantes para incentivar o estudante a se aprofundar mais na pesquisa, bem como para divulgar os trabalhos realizados pela Univasf. Já o aluno de Engenharia Agronômica conta ter ficado surpreso com os resultados e acredita que eles trazem reconhecimento ao trabalho desenvolvido nos projetos da Universidade. “Isso mostra para a comunidade acadêmica que a gente não tem que fazer pesquisa para aumentar o currículo ou para colocar na gaveta, mas sim realizar algo que dê um retorno à população”, declara Coelho.