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“Geladeira Literária” da Univasf disponibiliza livros em praça pública de Paulo Afonso (BA)

publicado: 16/01/2019 16h49 última modificação: 17/01/2019 08h09
Mônica Santos
Exibir carrossel de imagens Os leitores podem pegar um livro e em troca só precisa deixar outro no lugar.

Os leitores podem pegar um livro e em troca só precisa deixar outro no lugar.

Quem anda pela Praça Dom Jackson Berenguer Prado, no Centro da cidade de Paulo Afonso (BA), pode se deparar com uma inusitada surpresa. Uma geladeira com um alimento especial dentro: livros. Aqueles que têm fome de leitura podem, desde a última sexta-feira (11), pegar um livro na “Geladeira Literária”, projeto promovido pelo Sistema de Bibliotecas Integradas (Sibi), em parceria com o Núcleo de Extensão Paulo Freire, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e em troca só precisa deixar outro no lugar. A ideia é que o projeto seja auto-gestor e a própria comunidade abasteça a geladeira.

A praça, que fica localizada na Avenida Getúlio Vargas, próximo à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, foi o local escolhido por ficar próximo de diversas escolas. O objetivo do projeto é incentivar a leitura, facilitando o acesso a livros literários e foi feito com o apoio dos estudantes do curso de medicina do Campus Paulo Afonso (BA), que disponibilizaram livros e fizeram decoração da geladeira. Além deles, docentes, técnicos e a comunidade externa também doaram livros.

A ideia da “Geladeira Literária” é desenvolvida em vários municípios brasileiros e teve início em 2012 na cidade de Brasília, no Distrito Federal. Em Paulo Afonso (BA), o projeto foi lançado durante o festival literário da cidade, realizado em outubro de 2018, e após receber a licença da prefeitura, começou a funcionar.

De acordo com Jaqueline Souza, bibliotecária do Campus, o intuito do projeto é fazer com que a comunidade participe e cuide da geladeira e dos livros como um patrimônio público, pois são bens de todos. “O acesso ao livro e à leitura é um direito de todos e não uma atividade inacessível ou disponível apenas para alguns”, diz.

Com menos de uma semana de atividade, Jaqueline já faz uma avaliação positiva do projeto. “Está dando muito certo. A geladeira está com muito mais livros do que quando a deixamos na Praça e isso é muito importante, pois a iniciativa abre portas para que leitores possam compartilhar livros, beneficiando, assim, outras pessoas. Além disso, a implantação de novos pontos de leitura é uma das formas de democratização da cultura”, afirma a bibliotecária.